Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Magalhães, Adsson |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-13122017-093536/
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Resumo: |
Pensando nas milhoes de pessoas que sao afetadas mundialmente pelos transtornos depressivos (322 milhoes, sendo mais de 11 milhoes no Brasil e quase 450 mil na Suecia), tentamos criar um instrumento para avaliar depressao de forma mais eficaz. Em geral, os transtornos depressivos sao caracterizados por tristeza, perda de interesse/prazer, sentimentos de culpa ou baixa autoestima, disturbios no sono e apetite, sentimentos de cansaco, e baixa concentracao. Alem dos criterios diagnosticos, diversos instrumentos avaliam quadros depressivos. Utilizamos o Inventario de Depressao de Beck para validar a Escala CR100 de BorgR para o escalonamento de sintomas depressivos. As Escalas de Borg comecaram a ser desenvolvidas na decada de 60 para avaliacao do esforco percebido. A CR100 e uma escala de 0 a 100, com categorias verbais posicionadas de acordo com uma escala numerica gerando dados de razao. Esse tipo de escala tem diversas vantagens, como permitir a comparacao entre e dentre sujeitos e grupos, criacao de perfis de sintomas, analise de sintomas individualmente e a razao de intensidade entre eles. Essa tese consta de tres artigos usando a CR100. O Estudo I investigou as propriedades da CR100 comparada ao BDI. Cinquenta estudantes de Psicologia suecos responderam a um questionario online e os resultados mostraram uma alta correlacao entre as duas escalas (r = 0.754, p < 0.001), demonstrando que a Escala de BorgR avalia depressao tao bem quanto o BDI, entretanto fornece mais resultados. O perfil de sintomas gerado e muito mais detalhado do que o BDI, alem dos dados serem mais precisos e nao serem tao sensiveis as transformacoes matematicas. O Estudo II trata-se da validacao da CR100 para o portugues brasileiro e tal qual o Estudo I, da aplicacao em 50 estudantes brasileiros. Os resultados tambem apontam a alta correlacao entre as escalas (r = 0.824, p<0,001) com todas as caracteristicas se mantendo em ambas as nacionalidades A primeira analise de confiabilidade revelou um alto valor de alfa (entre 0.952 e 0.947) e R2 (entre 0.778 e 0.976), maiores que o BDI. O Estudo III teve como principal objetivo investigar propriedades psicometricas da CR100 em participantes depressivos (N=25) e - 10 - saudaveis (N=25), e encontrar pontos de corte para depressao leve, media e severa. A analise de confiabilidade da Escala revelou um indice alpha de 0.954 e por meio de uma reducao fatorial, os 32 itens foram agrupados em sete componentes. Tambem foi possivel construir um perfil de sintomas entre as duas populacoes corroborando a sensibilidade da CR100 em diferenciar populacao saudavel e com depressao em um intervalo de confianca de 95%. Um indice da razao entre pacientes e sujeitos saudaveis pode ser criado, gerando uma mini escala com oito itens, com um valor alpha de 0.80, e correlacao com a escala completa de r = 0.915 (p <0.001) e com o BDI de r = 0.820 (p<0,001). Os tres estudos revelaram resultados satisfatorios que vao ao encontro do que ja foi corroborado pelas pesquisas com as Escalas de BorgR. Demonstrou-se tambem ser possivel fazer o uso da CR100 para avaliar sintomas depressivos com mais informacoes e cujos dados sao mais precisos do que os instrumentos analisados |