Preparação e avaliação de micro e nanopartículas de fibroína da seda para liberação controlada de fármacos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Restrepo, Santiago Gutierrez
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/82/82131/tde-26082021-194036/
Resumo: A fibroína da seda (FS) é uma proteína proveniente do casulo do bicho da seda Bombyx Mori, largamente utilizada em várias aplicações médicas como biofilmes, scaffolds, membranas e géis devido a sua disponibilidade e biocompatibilidade. A necessidade de sistemas de liberação controlada de fármacos e princípios bioativos no corpo humano leva à busca de novos biomateriais com propriedades mais adequadas. Dentre as muitas alternativas, os micro e nanobiomateriais oferecem várias vantagens quando se objetiva a liberação controlada de substâncias devido a sua morfologia e tamanho. Assim, partículas de FS com um tamanho adequado e morfologia controlada podem apresentar potencial para serem carregadas com fármacos ou princípios ativos para aplicações na farmacologia moderna. O presente trabalho visou a obtenção de partículas de fibroína por diferentes métodos com o intuito de obter-se partículas com o menor tamanho e uniformidade possível. Além disso, o estudo da incorporação dessas partículas com diferentes moléculas bioativas e a avaliação do potencial das mesmas como suporte para liberação de fármacos. Assim, foram escolhidos três métodos de obtenção: aspersão em nitrogênio líquido, precipitação em solventes orgânicos miscíveis em água (etanol e metanol) e aspersão com o equipamento Nano Spray Drying. A caracterização das partículas foi feita via microscopia óptica, microscopia eletrônica de varredura (MEV), espectroscopia no infravermelho por Transformada de Fourier (FT-IR), análise termogravimétrica (TGA), espalhamento de luz dinâmica (DLS) e potencial Zeta. Foram feitos modelos de incorporação com os corantes rodamina B (RhB) e cristal violeta (CV), assim como estudos de incorporação e liberação com dois fármacos: a doxorrubicina (DOX), um antitumoral; e a zidovudina (AZT), um antirretroviral. Foi possível obter partículas esféricas com tamanhos desde 185,1 ± 2,8 até 1214,3 ± 559,9 nm. Os parâmetros como polidispersividade e tamanho de partícula foram altamente dependentes do método de obtenção. Os estudos de incorporação e liberação mostraram que, no caso da DOX foi incorporada 81,92 ± 2,08 % após 24 h e houve uma liberação máxima de 83,55 ± 1,58 % no pH 9,0 após 6 h; já a AZT teve uma eficiência de incorporação por volta de 57,35 ± 7,24 % e a liberação das partículas obtidas por aspersão no Nano Spray Dryer (SF1T20) foi 36,94 ± 5,65 % maior do que nas partículas obtidas por precipitação em etanol (nEtOH) após 6 h. As amostras SF1T20 e nEtOH mostraramse como materiais com alto potencial para a liberação controlada de fármacos.