Influência do sombreamento sobre o crescimento de mudas de essências nativas, concentração de clorofila nas folhas e aspectos de anatomia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1989
Autor(a) principal: Engel, Vera Lex
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20191108-113917/
Resumo: Estudaram-se as intensidades de luz mais adequadas ao crescimento na fase juvenil de quatro essências florestais que ocorrem no Estado de São Paulo, submetidas a níveis de sombreamento de 0% (pleno sol); 42, 68 e 82% durante a fase de viveiro. As espécies estudadas foram: (1) Amburana cearensis (Fr. All.) A.C. Sm., "cerejeira"; (2) Zeyhera tuberculosa (Vell) Bur, "ipê-felpudo"; (3) Tabebuia avellanedae Lorentz ex Grisebach, "ipê-roxo" e (4) Erythrina speciosa Andr, "suinã". A. cearensis atingiu maiores médias de altura, diâmetro do colo, matéria seca da parte aérea e área foliar sob 82% de sombra; as taxas de crescimento em altura e diâmetro do colo também foram mais altas em níveis acima de 68% de sombra, mas em todos os casos estas foram menores do que das outras espécies. A sobrevivência a pleno sol foi baixa. Z. tuberculosa não respondeu ao sombreamento quanto à altura, peso seco da parte aérea e taxas de crescimento em altura. O diâmetro do colo e taxas de crescimento em diâmetro foram maiores em até 42% de sombra, e a área foliar apresentou aumento em até 82% de sombra, acompanhada por um aumento na porcentagem de água na parte aérea. T. avellanedae apresentou maiores médias de altura, matéria seca da parte aérea e área foliar a 82% de sombra; as taxas de crescimento em altura foram maiores a 68% de sombra, e as de diâmetro de 0 a 68%; a porcentagem de água da parte aérea diminuiu com o sombreamento e foi a menor entre as espécies. Esta espécie mostrou uma maior plasticidade morfológica em relação à luz. E. speciosa apresentou maiores médias de alturas, diâmetro e matéria seca da parte aérea a pleno sol, e maiores taxas de crescimento em altura e diâmetro em até 42% de sombra; a sua área foliar não se alterou. Em todas as espécies a espessura total da folha, espessura do parênquima palicádico e sua proporção relativa, além da frequência estomática, diminuíram com sombreamento; a concentração de clorofila total aumentou e também a sua capacidade de absorção de luz. A razão entre clorofila a/b aumentou em A. cearensis e E. speciosa. Com o aumento da intensidade de luz estas espécies não formaram folhas típicas, respectivamente, de sol e de sombra. Uma escala crescente de tolerância à sombra pode ser estabelecida na seguinte ordem: E. speciosa Z. tuberculosa