Recortes do grotesco na história da literatura portuguesa cantigas de maldizeres; satíricos barrocos; Bocage; Camilo Pessanha; Mário de Sá-Carneiro e Alberto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Almeida, Rogerio Caetano de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8150/tde-27062013-120335/
Resumo: O trabalho objetiva uma análise da presença do grotesco na história da literatura portuguesa. A abordagem é feita a partir das teorias de W. Kayser, sobre o grotesco romântico e Mikhail Bakhtin sobre o realismo grotesco, ou a carnavalização. Três aspectos centrais do grotesco na literatura foram analisados: a linguagem grotesca, que se apodera do discurso canônico e o desconstrói das maneiras mais diversas possíveis; o corpo grotesco, que desconstrói, reconstrói e até pulveriza o corpo, seja através da paródia ou do sinistro; e o grotesco ligado ao estranho, que corrobora uma tendência moderna e contemporânea de trabalhar o abismal, sem deixar de se manifestar nos períodos anteriores. Dada a impossibilidade de analisar um espectro maior de escritores, os escolhidos formam uma parte relevante do cânone poético: as cantigas de maldizer, os satíricos barrocos, Bocage, Camilo Pessanha, Mário de Sá-Carneiro e Al Berto representam as produções grotescas de suas épocas e participam, em quase todos os casos, do cânone literário português. Por fim, após as análises dos três aspectos do grotesco em cada autor, estabeleceram-se a relação desses autores com o cânone da poesia portuguesa e a relação do grotesco com a tradição.