Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Jônatas de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-28042022-092743/
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Resumo: |
Introdução: Existem diversos estudos apontando desfechos positivos sobre a diminuição de carboidratos na alimentação, e também sobre o uso do jejum intermitente, mas há uma lacuna sobre os efeitos das práticas não supervisionadas profissionalmente. Objetivo: Investigar se a prática de dieta low-carb afeta aspectos do comportamento alimentar transtornado, como a compulsão alimentar, a restrição cognitiva, as práticas compensatórias inapropriadas, o jejum intermitente e os desejos intensos por comida. Método: Universitários responderam se realizaram dieta low-carb nos últimos três meses e completaram medidas quantitativas sobre desejos intensos por comida, compulsão e consumo alimentar, jejum intermitente, restrição cognitiva, restrição cognitiva direcionada aos carboidratos e práticas compensatórias. Os grupos foram comparados estatisticamente quanto aos valores médios, com análises do tamanho de efeitos e correlações entre variáveis. Resultados: Os universitários (n = 853) tinham 22 anos em média e IMC de 23,62 kg/m2, com prevalência de mulheres (75,9%). A prática de dieta low-carb foi relatada por 25% (n = 214) e 43% destes apresentaram compulsão alimentar segundo a escala de compulsão alimentar. Foi verificada a presença de compulsão alimentar associada a comportamentos compensatórios inapropriados (2,23%, n = 19) ou não (17,9%, n = 153), sendo referentes ao indicativo positivo aos comportamentos associados à Bulimia Nervosa e Transtorno de Compulsão Alimentar, respectivamente. A prática de jejum intermitente esteve presente em 20% em relação ao total (n = 172), e em 35% daqueles que fizeram dieta low-carb. Para os que fizeram dieta, a presença de preocupação com o consumo de carboidratos após o início de low-carb foi de 77% (n = 165), culpa após comer carboidratos, de 53% (n = 115) e aumento da preocupação com o peso e a forma corporal, de 71% (n = 152). A questão para avaliação de restrição cognitiva direcionada a carboidratos, originalmente adaptada da subescala de restrição cognitiva da Three Factor Eating Questionnaire, apresentou correlações inversas com a frequência de consumo de chocolate, pão francês e arroz. Em relação ao desejo intenso por comida, praticantes de dieta low-carb com presença de compulsão alimentar reportaram níveis similares para desejos intensos por comida, traço e estado, com uma única exceção para a subescala culpa por causa dos desejos ou por ter cedido aos mesmos. Conclusão: A prática de dieta low-carb não supervisionada está associada com níveis mais elevados de desejo intenso por comida, compulsão alimentar, restrição cognitiva e restrição cognitiva direcionada aos carboidratos |