Resultado do Programa de Rastreamento de Neoplasia de Esôfago em pacientes com câncer de cabeça e pescoço no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Moura, Renata Nobre
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-05042022-103446/
Resumo: INTRODUÇÃO: Pacientes com diagnóstico de carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço apresentam maior risco de desenvolver um segundo tumor primário, mais comumente no trato aerodigestivo alto. A principal justificativa para o rastreamento de carcinoma de esôfago nestes pacientes é detectar as displasias assintomáticas e as lesões precoces, para permitir um tratamento curativo e melhorar a sobrevida. Apesar desta recomendação, a efetividade do rastreamento endoscópico permanece incerta. O presente estudo teve como objetivo descrever o resultado do programa de rastreamento quanto a prevalência, fatores de risco associados, sobrevida e tratamento endoscópico da neoplasia precoce de esôfago. MÉTODOS: Análise retrospectiva de banco de dados coletados prospectivamente incluindo os pacientes portadores de CEC-CP submetidos à endoscopia digestiva alta de alta definição associada à cromoscopia no período de 2010 a 2018 em centro acadêmico terciário. RESULTADOS: 1888 pacientes foram incluídos. A prevalência de CEC esôfago foi de 7,9%. A maioria (77,8%) das lesões eram de aspecto superficial à endoscopia. Os fatores de risco associados foram tumores de cavidade oral e orofaringe e presença de displasia de baixo grau. As lesões de esôfago tratadas por dissecção endoscópica da submucosa foram estatisticamente de maior tamanho e tiveram maiores taxas de ressecção em bloco e ressecção curativa (R0), além de maior ocorrência de estenoses. A sobrevida foi mais curta no grupo em que a neoplasia de esôfago foi diagnosticada num estádio avançado. CONCLUSÃO: O rastreamento de câncer superficial de esôfago em pacientes com neoplasia de cabeça e pescoço é efetivo em melhorar a sobrevida e deve ser recomendado especialmente nos pacientes com câncer em orofaringe e cavidade oral, assim como naqueles com displasia de baixo grau no esôfago