Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Baba, Elisa Ryoka |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-30082021-104103/
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Resumo: |
Introdução: Os programas de vigilância endoscópica de pacientes com câncer de cabeça e pescoço são capazes de detectar carcinoma escamocelular sincrônico ou metacrônico em até 15% de pacientes. Tanto a cromoendoscopia com solução de Lugol, quanto a cromoscopia digital com narrow-band imaging popularizaram-se como ferramentas endoscópicas para aprimoramento diagnóstico da mucosa esofágica. Entretanto, são identificadas, frequentemente, múltiplas lesões não neoplásicas secundárias ao intenso processo inflamatório crônico, fundamentado no conceito de \"cancerização de campo\", particularmente naqueles pacientes com histórico de consumo prolongado e excessivo de álcool. Sendo assim, lesões suspeitas à cromoendoscopia não correspondem necessariamente à neoplasia, o que explica a alta incidência de lesões falso-positivas. Consequentemente, são métodos que ainda requerem biópsias tradicionais para confirmação histológica. O cenário ideal para a vigilância endoscópica desses pacientes seria a possibilidade de visualizar in vivo a estrutura celular da mucosa esofágica, com imagens microscópicas em tempo real, além de auxiliar nas biópsias direcionadas e orientar ressecção endoscópica, otimizando-se, assim, o atendimento ao paciente. A técnica da endomicroscopia confocal a laser com sonda pode proporcionar esses recursos, pois permite a aquisição de imagens ultramagnificadas de 1.000 vezes, em tempo real, in vivo, a nível celular e microvascular. Objetivo: Avaliar acurácia da endomicroscopia confocal no diagnóstico diferencial de lesões esofágicas não neoplásicas e neoplásicas Lugol negativas em pacientes com câncer de cabeça e pescoço sob vigilância endoscópica. Pacientes e métodos: Foram incluídos, prospectivamente, 27 pacientes com câncer de cabeça e pescoço tratados que apresentaram lesões esofágicas Lugol negativas durante a vigilância endoscópica. Após investigação com auxílio da endomicroscopia confocal, foram realizadas biópsias ou ressecção endoscópica das lesões estudadas, para confirmação histológica. As biópsias foram examinadas por um patologista sênior que desconhecia os resultados da endomicroscopia confocal (com cegamento). Resultados: A média de idade dos pacientes foi de 59 anos (DP 8,8) e 70,4% eram do sexo masculino. Todos os pacientes eram tabagistas, 22 deles (81,5%) com histórico de consumo de álcool. As localizações de câncer de cabeça e pescoço foram: cavidade oral (n = 13), laringe (n = 10) e faringe (n = 4). Trinta e sete lesões esofágicas Lugol negativas detectadas em 27 pacientes foram analisadas. Os diagnósticos finais foram carcinoma escamocelular em 17 pacientes e lesões benignas em 20 pacientes. A sensibilidade, especificidade e acurácia da endomicroscopia confocal para diagnóstico histológico de carcinoma escamocelular esofágico em pacientes com câncer de cabeça e pescoço prévio corresponderam a 94,1%, 90,0% e 91,9%, respectivamente. Conclusão: A endomicroscopia confocal apresentou elevada acurácia diagnóstica no exame histológico em tempo real de lesões esofágicas Lugol negativas em pacientes com câncer de cabeça e pescoço. |