Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Biondo, Cibele |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-09092006-115001/
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Resumo: |
A estrutura social é a rede de relações estabelecidas entre os indivíduos do grupo e essa estrutura pode ser afetada por fatores como o parentesco e a condição nutricional. Um comportamento intrigante, que foi associado ao parentesco e à condição nutricional, é a alo-amamentação, em que uma fêmea amamenta filhotes de outras fêmeas. Este estudo teve por objetivos determinar a influência do parentesco e da condição nutricional na estrutura social de catetos (Tayassu tajacu) em cativeiro e descrever os eventos de alo-amamentação, buscando verificar variáveis que possam ajudar a compreender o comportamento nesta espécie. Para tal, foram observados dois grupos de animais cativos, um com dez indivíduos (grupo B2) e outro com sete (grupo B3). O grupo B2 foi submetido a uma dieta com 16% de proteína bruta e o B3, com 12%. Os animais dos dois grupos tiveram seu sangue coletado para a análise de parentesco, que foi feita utilizando-se marcadores moleculares microssatélites. Como ainda não tinham sido desenvolvidos primers de microssatélites para catetos, foram testados primers desenvolvidos para suínos. Essa metodologia mostrou-se eficaz para acessar locos de microssatélites em catetos e foi possível, através dela, estimar o coeficiente de parentesco entre os indivíduos. As interações afiliativas e agonísticas e os eventos de alo-amamentação foram registrados pelo método de todas as ocorrências. A proximidade espacial foi obtida registrando-se o padrão de subgrupos formados pelos indivíduos por meio de varredura instantânea. No geral, o grupo B2 apresentou maior ocorrência de interações agonísticas e afiliativas do que o B3, e foi caracterizado por uma estrutura igualitária quanto às relações de dominância, enquanto que o B3 se apresentou mais organizado hierarquicamente. O parentesco não pareceu influenciar diretamente a freqüência das interações agonísticas, mas foi possível associar esta variável com a freqüência de interações afiliativas e proximidade espacial. Os indivíduos aparentados ficaram mais próximos na estrutura espacial e, principalmente no B3, interagiram mais afiliativamente. Os eventos de alo-amamentação foram pouco freqüentes e não pareceram acarretar muitos custos para a fêmea. Foi levantada a questão de que tal comportamento possa ser um comportamento afiliativo e possibilitar a formação de vínculos entre os filhotes e as fêmeas alheias. |