Resumo: |
Este artigo tem como objetivo discutir sobre a possível apreciação das manifestações sintomáticas dos rituais obsessivos como um adoecimento que ocorreu dentro do campo dos fenômenos transicionais, e assim, como providos da esperança e possibilidade da continuidade de ser. Como método investigativo utilizou-se a fenomenologia-hermenêutica aplicada à investigação teórico-clínica. O período de três anos de trabalho terapeutico as dramáticas de uma paciente obsessiva foram os fios que possibilitaram o tecer de uma narrativa, estrela vésper para o aprofundamento deste trabalho. A trajetória teórico-clínica partiu especialmente das contribuições do campo psicanalítico de Freud, Winnicott e Safra, além de outros autores que propiciaram um profícuo diálogo a respeito do tema. Dentro da perspectiva de Freud, os atos obsessivos subordinam-se à conflitos inconscientes e surgem como parte de mecanismos defensivo e manifestação simbólica de conflitos inconscientes, através das contribuições dos fenômenos transicionais, que em seu viés interrelacional atrelados aos fenômenos não sensoriais, observou-se uma questão relacionadas a sensação da ruptura da continuidade de ser e ainda sim, um pedido de socorro imbuído de esperança. Em Safra, é possível compreender que o uso de rituais dentro do adoecimento emocional trata-se de uma condição emocional da ruptura do registro ético, ou seja, da experiência de alteridade, que é base dos processos de subjetivação e da eclosão da singularidade de cada um |
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