O uso de rituais na jornada pela transicionalidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Caramori, João Fabio Haddad
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-14082020-140900/
Resumo: Este artigo tem como objetivo discutir sobre a possível apreciação das manifestações sintomáticas dos rituais obsessivos como um adoecimento que ocorreu dentro do campo dos fenômenos transicionais, e assim, como providos da esperança e possibilidade da continuidade de ser. Como método investigativo utilizou-se a fenomenologia-hermenêutica aplicada à investigação teórico-clínica. O período de três anos de trabalho terapeutico as dramáticas de uma paciente obsessiva foram os fios que possibilitaram o tecer de uma narrativa, estrela vésper para o aprofundamento deste trabalho. A trajetória teórico-clínica partiu especialmente das contribuições do campo psicanalítico de Freud, Winnicott e Safra, além de outros autores que propiciaram um profícuo diálogo a respeito do tema. Dentro da perspectiva de Freud, os atos obsessivos subordinam-se à conflitos inconscientes e surgem como parte de mecanismos defensivo e manifestação simbólica de conflitos inconscientes, através das contribuições dos fenômenos transicionais, que em seu viés interrelacional atrelados aos fenômenos não sensoriais, observou-se uma questão relacionadas a sensação da ruptura da continuidade de ser e ainda sim, um pedido de socorro imbuído de esperança. Em Safra, é possível compreender que o uso de rituais dentro do adoecimento emocional trata-se de uma condição emocional da ruptura do registro ético, ou seja, da experiência de alteridade, que é base dos processos de subjetivação e da eclosão da singularidade de cada um