Avaliação do desempenho de empresas de energia elétrica no Brasil sob a ótica de variáveis ambientais, sociais e de governança corporativa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Costa, Maria Raquel Siqueira Marques da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-05022019-151400/
Resumo: O presente trabalho buscou avaliar o desempenho de empresas de energia elétrica no Brasil sob a ótica de variáveis ambientais, sociais e de governança corporativa (ESG - sigla inglesa para environmental, social and governance). Para tanto, concentrou-se na análise das companhias de capital aberto que reportam informações sobre suas iniciativas em sustentabilidade, no período de 2010 a 2015. Inicialmente, foi realizada revisão teórica acerca dos conceitos de finanças corporativas, sustentabilidade, valor compartilhado, materialidade e da relação entre mercado financeiro e sustentabilidade, com foco no investimento responsável. A análise quantitativa utilizou de variáveis ESG e econômico-financeiras de dez empresas. Foram realizados três estudos, por meio de regressões com dados em painel, avaliando a relação entre desempenho, caracterizado neste estudo por ROE (sigla inglesa para return on equity), e as variáveis explicativas. O primeiro estudo, que analisou a relação entre ROE e as variáveis ESG, não se mostrou estatisticamente significante, posto isso, não foi possível explicar o desempenho de empresas a partir somente das variáveis ESG. O segundo estudo, que adicionou à primeira análise os indicadores econômico-financeiros, apresentou quatro variáveis estatisticamente significantes, demonstrando que o desempenho de empresas pode ser explicado por variáveis ESG e econômico-financeiras em conjunto: (i) investimento em iniciativas de sustentabilidade; (ii) independência do conselho de administração; (iii) seguro D&O (Directors and Officers Liability Insurance) para administradores e conselheiros; e (iv) margem líquida. Por fim, o terceiro estudo buscou verificar o impacto da medida provisória nº 579 de 2012 (MP579) e apresentou resultado divergente ao esperado pela literatura, não sendo possível afirmar que a edição da MP579 afetou negativamente a rentabilidade das empresas do setor elétrico no Brasil. Este trabalho demonstra que a análise de indicadores ESG não deve ser dissociada da análise de indicadores econômico-financeiros.