Diferenças de sexo na anóxia neonatal: estudo comportamental e histológico em ratos Wistar.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Kumar, Amrita Jha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42138/tde-30072020-145057/
Resumo: A anoxia neonatal está associada a déficits no desenvolvimento neurológico. Exploramos a diferença de sexo na anoxia neonatal, pois os déficits neurológicos e cognitivos tem sido pouco abordados em relação ao sexo apos anóxia neonatal. Portanto, decidimos, avaliar os efeitos a curto e médio da asfixia perinatal em modelo animal adaptado e validado. Esse estímulo não invasivo e global, pela exposição de ratos neonatos (30 h) a 100% de nitrogênio, simula as condições clínicas de bebês prematuros humanos (cerca de 6 meses de gestação), que apresentam complicações pela falta de oxigênio de forma adequada. Foi utilizada bateria de testes para reflexos sensório motores, labirinto aquático de Morris, estudos de labirinto em cruz elevado e alodinia mecânica. Assim como, avaliação de alterações histológicas em áreas neurais relacionadas aos objetivos abordados foram também realizadas. Os resultados mostraram alterações nos ratos submetidos a anoxia neonatal nesses testes, sendo o macho mais vulnerável ao impacto negativo do estímulo , em relação a fêmea. Os resultados demonstram que a anoxia neonatal afeta os reflexos sensoriomotores avaliados, de forma diferenciada em machos e fêmeas e que são também idade-dependentes e com com decréscimo no numero de células nas áreas avaliadas. Avaliações comportamentais identificaram que a anoxia causou comportamento semelhante a ansiedade, menor nos animais experimentais em relação aos controles, sendo que as fêmeas menos ansiosas que os machos. O machos anoxia apresentaram deficit cognitivo na memória espacial em relação fêmea e respectivos controles. Foi observado decréscimo celular em regiões do hipocampo (CA1, CA3, DG) dependentes do sexo. A anoxia neonatal diminuiu significativamente o limiar a nocicepção mecânica (alodinia) associada a alterações no núcleo sensório motor do talamo (VPL) e na substancia nigra compacta. Esses resultados são relevantes na interpretação dos eventos já observados nessa condição clinica mundial e ressaltam a importância de considerar diferenças de sexo nas pesquisas, a fim de orientar a busca por abordagens e procedimentos terapêuticos efetivos.