Avaliação  das populações de macrófagos de fenótipo M1/M2 e marcadores de ativação do inflamassoma em pacientes com poliarterite nodosa cutânea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Marques, Gabriela Franco
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5133/tde-09022021-100253/
Resumo: INTRODUÇÃO: A poliarterite nodosa cutânea (PANC) ou arterite cutânea é uma rara forma de vasculite que compromete artérias de pequeno e médio calibre da junção dermo-hipodérmica e tecido celular subcutâneo. Atualmente, acredita-se que a doença seja mediada por imunocomplexos, mas pouco se sabe a respeito da sua real etiologia. OBJETIVO: Estudar as populações de macrófagos de fenótipo M1/M2 e marcadores de ativação do inflamassoma em pacientes com PANC. MÉTODOS: Foram selecionados 14 pacientes com diagnóstico clínico e histopatológico de PANC, cujos dados epidemiológicos, clínicos e de exames laboratoriais foram coletados a partir dos prontuários médicos. Em seguida, foram feitos cortes histológicos a partir dos blocos de parafina da biópsia de pele dos pacientes com PANC e de mais 9 controles sem doença para a realização das reações de imuno-histoquímica. Os macrófagos M1 foram demonstrados pela expressão do STAT1, enquanto os macrófagos M2 foram evidenciados pelos marcadores CD163, CD206 e CMAF. A ativação do inflamassoma foi demostrada pelos anticorpos NALP1, NALP3, IL1-beta e caspase 1. RESULTADOS: Houve predomínio da doença em pacientes do sexo feminino com idade média de 39 anos. As principais lesões dermatológicas registradas foram úlceras, nódulos subcutâneos, livedo racemosa, lesões do tipo atrofia branca e púrpuras, e em todos os casos os membros inferiores estavam acometidos. A imunofluorescência direta foi positiva em 88,9% dos casos. A análise imuno-histoquímica das biópsias de pacientes do grupo PANC evidenciou ausência de macrófagos M1 e aumento no percentual de macrófagos M2 em relação ao grupo controle. A análise dos marcadores de ativação do inflamassoma foi negativa. CONCLUSÃO: A presença de macrófagos M2 sugere uma provável influência da imunidade inata na fisiopatologia da PANC e representa um novo campo de pesquisa para elucidar diversas questões que permanecem pendentes sobre a etiologia da doença, podendo ainda gerar potenciais alvos terapêuticos no futuro