Procedimentos paródicos e distanciamento irônico em Papéis avulsos, de Machado de Assis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Silva, Márlio Barcellos Pereira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-01122009-105716/
Resumo: Este estudo trata da presença da paródia nos contos reunidos em Papéis avulsos (1882), de Machado de Assis. Por paródia entende-se, segundo M. Bakhtin, a representação da linguagem de outrem com orientação divergente; e, segundo L. Hutcheon, a repetição de um texto ou discurso com diferença irônica. O objetivo geral da pesquisa é compreender como a paródia pode ser um elemento fundamental na estruturação de quatro contos de Papéis avulsos. Os objetivos específicos são: verificar como Machado de Assis emprega as formas e os gêneros no âmbito dos quais se desenvolve a enunciação dos contos; averiguar como o uso de referências, citações, obras, idéias, discursos etc., servem ambígua e dialogicamente aos narradores e personagens dos contos; compreender como essa mobilização constante de diversas referências, discursos e linguagens colabora com a construção dos contos tanto no nível formal quanto no temático; verificar de que modo o uso da paródia pode ter outro significado para o autor, que, através de diversas estratégias de distanciamento, exercita sua ironia sobre questões de seu tempo e de seu espaço. Pretende-se mostrar que, em todos os contos analisados, os procedimentos paródicos utilizados estão a serviço da produção de um distanciamento crítico e irônico do autor e do leitor em relação a sua realidade.