Política e seca no Ceará - Um projeto de desenvolvimento para o Norte (1869 - 1905)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Sousa, José Weyne de Freitas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-07122009-113715/
Resumo: Neste trabalho historiográfico procuramos mostrar que de 1869 a 1905, houve a implantação de um projeto de desenvolvimento econômico para o Ceará que se baseava no emprego de trabalhadores desvalidos durante as secas que atingiram a região Norte (atual Nordeste) quando havia uma escassez de água, alimentos e forragem para os gados. Nesse período, os socorros públicos foram implantados à luz do projeto Pompeu Sinimbú, que levou as famílias pobres sertanejas a migrarem em direção às cidades litorâneas onde o governo acenava com os socorros públicos. Por trás da idealização do projeto Pompeu Sinimbú havia o problema das disputas por melhoramentos materiais entre o Norte e o Sul do Brasil. Mas a consecução desse projeto atingiu diretamente a população pobre sertaneja que ao invés de receber o socorro no próprio domicílio ou ser alvo de políticas públicas de prevenção aos efeitos das secas, foi utilizada como mão de obra abundante e barata, cujo sofrimento diante da seca servia para que as elites conseguissem o envio de recursos à província. Denominamos esse projeto de Pompeu Sinimbú, porque ele foi concebido inicialmente pelo senador Pompeu e tornado oficial pelo visconde de Sinimbú. Esse projeto preconizava a idéia de utilizar a mão de obra disponível durante as secas para a realização de obras públicas, pautando nesse mecanismo o progresso da província. Porém, paralelamente a execução dessa proposta houve uma outra propugnada pelo barão de Capanema e pela Comissão Científica de Exploração que não considerava a seca um óbice ao desenvolvimento da região, mas o atraso da atividade agrícola e a falta de medidas de prevenção aos efeitos das estiagens