Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Scanhola, Melissa Quirino |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-03022023-200646/
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Resumo: |
O que A menina morta e Nedjma, dois romances de países tão distintos, poderiam ter em comum? Uma das respostas se encontra no fato de que as personagens-título, ao mobilizarem a narrativa, relacionam-se, de alguma forma, com fatores \"silenciados\" no enredo e derivados de um contexto opressor. Esse aspecto nos leva a fazer uma análise concatenada à estrutura formal das obras. Nota-se que as tramas dos romances se passam em uma época de transição, em que o fim de uma organização social ainda não é pronunciado ou aceito pelas outras personagens. Antes da chegada de uma nova era, a angústia e a esperança, depuradas nas imagens da menina morta e de Nedjma, afetam a representação da paisagem nos romances. Com efeito, a paisagem da fazenda Grotão, localizada no vale do rio Paraíba, e da cidade argelina de Constantina, ao se distanciar de uma representação realista, personifica elementos desses contextos, respondendo a questões que passam pelo crivo do silenciamento. Desse modo, a paisagem traz à tona problemas intrínsecos à formação dessas jovens nações e à sua relação com o interdito nesse processo. Verificamos como a narrativa construída a partir do entroncamento entre essas paisagens e a ausência das personagens produz uma imagem das nações brasileira e argelina que abrange a experiência histórica e social desses países nas respectivas literaturas. |