Sobre vinho velho em garrafas novas: problematizações da homogeneidade e da universalidade nos letramentos digitais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Reis, Elaine Íris dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-02022023-173858/
Resumo: A autoetnografia foi o modus operandi escolhido nesta pesquisa para dar suporte ao objetivo da investigação, que é propor reflexões acerca da desuniversalização de conceitos e teorias, pelas duplas lentes da pesquisadora que é, ao mesmo tempo, sujeita e objeto deste estudo. Este aporte adotado causa incômodo à pesquisadora, pois suas marcas, histórias e cicatrizes são desveladas, ao passo que sua bagagem de vida caracteriza o objetivo da pesquisa, pois foi de onde partiram os anseios que se transformaram nesta tese. Neste sentido, este estudo busca trazer reflexões sobre as tecnologias digitais e a educação, principalmente no período de pandemia, assim como sobre a sociedade pós-moderna e as causas de seus reflexos que estão trazendo doenças neurais e mentais para os(as) sujeitos(as), bem como da relação do letramento crítico com a agência de professores no contexto pandêmico, além de buscar desmistificar os conceitos de Nativos Digitais e Multitarefados. Esta tese traz também uma discussão a respeito das emoções e sentimentos (sensibilidades) e a importância de se trazer o corpo de volta, sem fragmentá-lo, pois, enquanto sujeitos(as), somos constituídos por um corpo, a racionalidade e suas sensibilidades, portanto, não é congruente falar de suas partes sem um todo, ou ainda, enaltecer uma sobre a outra. Além da autoetnografia, os dados colhidos, que são compostos por questionários e entrevistas com professores de línguas e linguagem da educação básica, foram apresentados na tese em forma de tabelas. Por fim, esta pesquisa busca transpassar muros e barreiras de modo que seus leitores possam refletir sobre a importância de identificar os efeitos trazidos da colonialidade, para então interrogá-los, e assim, interrompê-los por meio da teoria decolonial, metaforicamente chamado de trazer o corpo de volta, ou seja, dar visibilidade para aqueles(as) que foram excluídos e marginalizados, de modo que práticas educacionais sejam ressignificadas e possam criar novas possibilidades por meio do ler-se lendo no Outro, por meio das semelhanças, mas sobretudo, nas alteridades.