Reflexões autoetnográficas de uma professora de língua portuguesa: letramentos e (de)colonialidades
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23214 |
Resumo: | Este trabalho tem como objetivo contribuir para entendimentos situados sobre a prática docente de língua portuguesa por meio da elaboração e análise de narrativas de vivências relacionadas ao contexto escolar. Alinhada com as perspectivas do letramento crítico (Soares, 2002; Ferreira; Takaki, 2014; Rojo; Moura, 2019; Street, 2014) e da decolonialidade (Quijano, 2000; Mignolo, 2005; Walsh, 2013), a pesquisa busca desvelar as camadas culturais, históricas e políticas que permeiam o ato de educar, transformando-o em um ato de resistência e construção de novos horizontes. Neste estudo, o conceito de letramento crítico é compreendido não apenas como uma prática de leitura e escrita, mas como um processo que questiona as estruturas de poder, enquanto a decolonialidade oferece um caminho para desafiar as heranças coloniais, promovendo a valorização de saberes plurais e narrativas até então marginalizadas. Do ponto de vista metodológico, adota-se uma abordagem qualitativa interpretativa de base autoetnográfica (Ellis et al., 2011; Berry, 2022), na qual a pesquisadora se coloca como observadora e participante de sua própria prática docente. Essa abordagem é enriquecida pela teoria das narrativas de vida (Linde, 1993), que destaca a relevância das histórias pessoais na construção de coerência e identidade, tanto individual quanto coletiva. O corpus do estudo é composto por narrativas baseadas em conversas informais ocorridas no ambiente escolar, com discentes e docentes, e também por interações realizadas via aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, principalmente entre docentes. Os resultados indicam que a prática docente, analisada pelas lentes do letramento crítico e da decolonialidade, revela desafios e tensões que envolvem representatividade, equidade e justiça social no contexto escolar. Nesse sentido, a pesquisa sugere que a incorporação dessas perspectivas teóricas pode abrir caminhos para um ensino mais inclusivo e transformador, que valorize as vozes marginalizadas e incentive a reflexão crítica no espaço educacional. |