SARS-COV-2 e efeitos tardios sobre parâmetros autonômicos cardiovasculares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Oliveira, Ana Catarine da Veiga
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-16012025-145056/
Resumo: A COVID-19 provoca inflamação sistêmica, principalmente respiratória, com diferentes níveis de gravidade, além de acometimentos secundários e tardios. Entre os acometimentos tardios, suspeita-se da ocorrência de prejuízos autonômicos, os quais podem comprometer a homeostase cardiovascular, aumentando a susceptibilidade ao desenvolvimento e/ou agravamento de doenças cardiovasculares. Portanto, o objetivo do estudo foi investigar os efeitos tardios sobre parâmetros autonômicos cardiovasculares de indivíduos assintomáticos e sintomáticos acometidos pela COVID-19. Métodos: 85 homens saudáveis de 35 a 55 anos foram distribuídos em grupo assintomático (N=43) e grupo sintomático (42), este último composto por pacientes recuperados há mais de 6 meses. Ambos os grupos foram submetidos aos seguintes procedimentos experimentais: registros dos parâmetros antropométricos; hemodinâmicos; e ecocardiográficos; teste de oscilometria de impulso; avaliação da aptidão cardiorrespiratória por meio do teste cardiopulmonar; análise da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e da pressão arterial (VPA) por meio de diferentes abordagens; e avaliação da sensibilidade barorreflexa (SBR). Resultados: Ambos os grupos apresentaram similares valores antropométricos, hemodinâmicos, morfofuncionais cardíacos e de resistência de vias aéreas. Em relação à avaliação autonômica, nossos resultados mostraram que não houve diferenças na VFC entre os grupos na posição supina, com exceção da entropia aproximada (ApEn), que foi maior no grupo sintomático. Por outro lado, durante o tilt test, a análise linear mostrou que o grupo sintomático apresentou menores valores das oscilações de alta frequência (HF; 0,15 - 0,4 Hz) e redução das oscilações de baixa frequência (LF; 0,04 - 0,15 Hz), ambas em unidades normalizadas. Também mostrou que o grupo sintomático não apresentou diferenças entre a posição supina e o tilt test em relação às oscilações de LF em unidades absolutas. Ademais, a análise não-linear indicou aumentos da ApEn e entropia de amostra ao tilt test, além da redução de α1 quando a análise de flutuações depuradas de tendências foi aplicada. Por sua vez, não houve diferenças entre os grupos em relação à VPA e SBR. Conclusão: A análise da variabilidade da frequência cardíaca indica uma redução da modulação simpática e o aumento da aleatoriedade e imprevisibilidade em homens sintomáticos acometidos pela COVID-19, mais especificamente durante o tilt test.