Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Bernardes, Karina Aparecida Garcia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-31102008-150058/
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Resumo: |
A implantação da Estratégia de Saúde da Família (ESF) no Brasil representou a modificação do modelo de atenção à saúde, pautado no conhecimento do território e do perfil epidemiológico, com foco no indivíduo, na família e comunidade. Neste processo, o Agente Comunitário de Saúde (ACS) torna-se um profissional de fundamental importância para a consolidação das novas práticas em saúde e, pertencendo à comunidade, proporciona para a equipe de saúde da família uma melhor visão desta, facilitando o planejamento das ações. Assim, considerando-se as perspectivas realizadas em torno da ESF, os desafios da equipe para a consolidação do SUS e a importância que os estudos em torno da avaliação da Qualidade de vida (QV) exercem sobre a melhor compreensão do tema e na remodelação de políticas e práticas, principalmente na área da saúde, definiu-se serem os ACS e sua QV, focos desta pesquisa. O objetivo do presente estudo é descrever a qualidade de vida dos agentes comunitários de saúde, segundo o referencial do WHOQOL-bref (GRUPO WHOQOL, 1998), em uma cidade no interior do estado de São Paulo, no ano de 2007. Tratase de um estudo descritivo - exploratório e transversal. Participaram do estudo 198 ACS pertencentes a 21 unidades de saúde do município. Houve predominância de indivíduos do sexo feminino (86,1%), com média de idade de 34,3 anos, ensino médio completo (66,7%) e casados ou vivendo como casados (54,3%). A maioria dos ACS considerou a própria saúde como boa ou muito boa (79,7%) e 45,4% responderam ter nenhum problema de saúde. O tempo médio de trabalho dos ACS foi de 3 anos e 2 meses. Para testar a consistência interna do WHOQOL-bref foi calculado o Coeficiente Alfa de Cronbach, o qual apresentou valores satisfatórios para as 26 facetas ( = 0,91) e para os domínios físico, psicológico e meioambiente ( = 0,78; = 0,75 e = 0,76, respectivamente). Os escores médios para QV Geral foram 69,8 e 66,9, respectivamente, para Q1 e Q2. Para os domínios os escores médios foram 73,8 para o domínio físico; 71,7 para o domínio psicológico; 70,4 o domínio relações sociais e 55,8 para o domínio meio-ambiente. As facetas que apresentaram os maiores escores médios em cada domínio foram mobilidade (80,7) (domínio físico), espiritualidade / religiões / crenças pessoais (81,9) (domínio psicológico), relações pessoais (73,7) (domínio relações sociais), ambiente no lar (66,8) (domínio meio-ambiente). As facetas que apresentaram os menores escores médios de cada domínio foram sono e repouso (68,3) (domínio físico), sentimentos positivos (65,8) (domínio psicológico), suporte, apoio social (67,5) (domínio relações sociais), recursos financeiros (37,00) (domínio meio-ambiente). A hipótese inicial de que os ACS apresentariam escores baixos na avaliação da QV somente se confirmou para o domínio Meio-Ambiente, constituído de facetas inerentes à vida no lar e na comunidade, revelando necessidades não apenas do sujeito como profissional, mas como integrante e participante de uma comunidade. Os resultados contribuem positivamente no sentido das práticas de saúde sustentáveis que se constroem com profissionais comprometidos e satisfeitos quanto aos aspectos do trabalho e da vida. |