Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Silva, Fabio Luis da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17137/tde-25092024-132300/
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Resumo: |
Introdução: O choque séptico é uma doença letal e constitui a principal causa de óbito em unidade de terapia intensiva (UTI) de todo o mundo. A terapêutica se resume em três pilares: reposição volêmica, uso de vasopressores e antibioticoterapia empírica. A aplicação desse protocolo reduz a mortalidade, mas não é suficientemente efetiva para que haja uma redução significativa do número de óbitos. O azul de metileno (AM) tem sido utilizado para aumentar a pressão arterial em pacientes com choque séptico, agindo sobre a guanilato ciclase e a óxido nítrico sintase. Objetivo: Determinar se a administração de AM em pacientes na fase inicial do choque séptico leva a redução do uso de vasopressores em comparação ao grupo Controle. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico randomizado 1:1 de dois grupos (Azul de Metileno e Controle). Ambos os grupos tiveram acesso ao tratamento padrão, composto por reposição volêmica, vasopressores e antibioticoterapia. Os pacientes receberam dose de ataque de AM (3 mg/kg) e manutenção (0,5 mg/kg/h) no momento da indicação do segundo vasopressor. Doses de vasopressores, resultados de exames laboratoriais, níveis de citocinas inflamatórias e antiinflamatórias e monitoramento hemodinâmico com a plataforma EV1000® (VolumeView® e Presep®) foram registrados antes da infusão de AM (T1) e após 20 minutos (T2), 2 horas (T3), 24 horas (T4), 48 horas após o início da infusão (T5) e 24 horas após o desmame (T6). Resultados: A terapia com AM foi iniciada em conjunto com a indicação da vasopresina (VAS) como segundo vasopressor. O grupo AM apresentou redução imediata na dosagem de noradrenalina (NOR), redução mais precoce na dosagem de VAS e níveis mais elevados de IL- 10 em comparação ao grupo Controle. As análises dos dados foram realizadas utilizando o programa SAS versão 9.4. Os gráficos foram construídos no software GraphPad Prism. Conclusão: A terapia com AM em combinação com o tratamento padrão resultou em redução da dose de vasopressores (NOR e VAS) mais precocemente no grupo AM, em comparação com o grupo Controle que recebeu apenas o tratamento convencional. A infusão contínua de AM por 48 horas foi considerada segura e não houve impacto negativo na extração de oxigênio, nas variáveis hemodinâmicas e nos níveis de lactato. Além disso, demonstrou modulação de mediadores inflamatórios e anti-inflamatórios e dos níveis séricos de nitrato. Estes resultados destacam o potencial do AM como opção terapêutica adjuvante segura no tratamento do choque séptico. |