Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Nascente, Ana Paula Metran [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/23005
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Resumo: |
A vasopressina é um dos vasopressores utilizados em pacientes com choque séptico. No entanto, os seus efeitos hemodinâmicos sistêmicos e microcirculatórios não são completamente conhecidos e compreendidos. Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da vasopressina exógena na microcirculação sublingual, utilizando a técnica de sidestream dark field, e correlacionar estes potenciais achados com os efeitos sistêmicos da mesma. Neste estudo prospectivo com intervenção, foram incluídos pacientes com choque séptico, nas primeiras 48 horas de uso de catecolaminas vasopressoras, internados nas unidades de terapia intensiva da Disciplina de Anestesiologia, Dor e Terapia Intensiva da Universidade Federal de São Paulo. A vasopressina foi administrada a 0,04 U/min por uma hora. Foram obtidas medidas hemodinâmicas sistêmicas, imediatamente antes e 1 hora após o início da vasopressina. Além disso, imagens de microcirculação sublingual foram coletadas por meio da tecnologia de sidestream dark field, para posterior análise com software específico. Após inclusão de 18 pacientes, observou-se redução significativa da dose de catecolaminas após a vasopressina (0,41 μg/kg/min (0,23 - 0,90) versus 0,31 μg/kg/min (0,09 - 0,76), p = 0,001). Verificou-se redução da frequência cardíaca, índice sistólico, índice cardíaco, bem como da saturação venosa mista e alargamento do gradiente venoso-arterial de pCO2 (p = 0,009, 0,022, 0,002, 0,044 e 0,039, respectivamente). No entanto, houve redução dos níveis de lactato (30,3 ± 17,3 mg/dL versus 27,6 ± 15,8 mg/dL, p = 0,037) e não ocorreu alteração significativa na densidade vascular total, densidade de vasos perfundidos, proporção de vasos perfundidos, índice de fluxo microcirculatório e índice de heterogeneidade (p > 0,05 para todos). Encontrou-se correlação negativa entre a variação de três dos parâmetros da microcirculação e seu respectivo valor basal: densidade vascular total (r = - 0,670; p = 0,002), densidade vascular perfundida (r= - 0,71; p = 0,001) e proporção de vasos perfundidos (r = - 0,531; p = 0,023). Porém, não houve correlação entre estas variações e o índice cardíaco basal (r=- 0,100; p = 0,692 para densidade vascular total; r = - 0,204; p = 0,418 para densidade vascular perfundida; r = - 0,369; p = 0,132 para proporção de vasos perfundidos; r = 0,200; p = 0,425 para índice de fluxo microcirculatório e r = 0,106; p = 0,675 para índice de heterogeneidade). Desta forma, o presente estudo sugere que, embora a vasopressina esteja relacionada a efeitos potencialmente prejudiciais à macrocirculação, sua associação a catecolaminas vasopressoras proporciona redução da dose dos mesmos, sem impacto significativo na rede microcirculatória. Por outro lado, houve melhora dos parâmetros da microcirculação nos pacientes que os apresentaram comprometidos antes do início da infusão de vasopressina. |