Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Bruna Cristine de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-19082021-090641/
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Resumo: |
A expressão anormal dos miRNAs está diretamente associada ao desenvolvimento de neoplasias por regularem a expressão de genes supressores tumorais e oncogenes. Assim, sua desregulação está intimamente relacionada a um pior prognóstico e comprometimento da resposta terapêutica. Embora esteja bem estabelecido o papel dos miRNAs em diversos tipos de cânceres, pouco se sabe sobre sua função nos tumores de músculo liso uterinos. Os leiomiossarcomas (LMS) são tumores raros com altas taxas de mortalidade e recorrência, enquanto os leiomiomas (LM) são tumores frequentes com ampla variabilidade histológica. A origem desses tumores é incerta, sendo controversa a possível malignização de um LM, e seu diagnóstico diferencial ainda representa grande desafio na pratica médica. Nosso grupo, em trabalho anterior, identificou uma série de miRNAs associados ao desenvolvimento de tumores com expressão diferencial entre LM e LMS uterinos. O principal objetivo desta tese foi selecionar e caracterizar miRNAs que pudessem ser aplicáveis para fins de diagnóstico diferencial, predição de prognóstico e resposta à terapêutica, ou ainda potenciais alvos para terapia específica nesses tumores. Cinco miRNAs (let-7f-5p, miR-10b-5p, miR-34a-5p, miR-181b-5p e miR181d-5p) foram selecionados para análise e caraterização em amostras de pacientes e linhagens celulares. A partir desses resultados, miR-34a e miR-181b foram selecionados para análise dos efeitos de sua indução (Mimic) e inibição (siRNA) in vitro. Após a manipulação molecular desses miRNAs, foram avaliadas a proliferação e migração celular, bem como a expressão de alguns de seus genes alvo (CCND1, MDM4, TP53 e BCL2 para o miR-34a; e TIMP3, FGFR1, ESR1 e BCL2 para o miR-181b). Nossos resultados mostraram associação entre perda de expressão de let-7f, miR-10b, miR-34a e miR-181d e uma pior sobrevida global das pacientes. A expressão de let-7f e miR-181d foi associada a menor sobrevida livre de doença. A transfecção das células com miR-34a-Mimic e -siRNA resultou em menor proliferação e migração das duas linhagens. miR-181b-Mimic induziu menor proliferação e migração no LM, enquanto o siRNA afetou somente a proliferação. No LMS, a proliferação foi inibida somente com o siRNA, enquanto a migração foi menor após transfecção com o miR-181b-Mimic e siRNA. Adicionalmente, miR-34a parece regular a expressão de CCND1, MDM4, TP53 e BCL2, nos LMS, uma vez que sua maior expressão coincidiu com menores níveis de CCND1 e sua inibição resultou no aumento de MDM4, TP53 e BCL2. A inibição do miR-181b levou a maior expressão de ESR1, no LM, e de BCL2, no LMS. Embora estudos mais detalhados sejam necessários para definir a utilização de miR-34a e miR-181b para fins de diagnóstico, prognostico e alvo terapêutico nesses tumores, nosso estudo demonstrou um potencial promissor dessas moléculas como biomarcadores moleculares no LMS uterino. |