Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Garcia, Gracielle Pereira Aires |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-18042023-141123/
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Resumo: |
Introdução: evidências científicas indicam aumento de distúrbios psíquicos entre enfermeiros, sobretudo estresse e esgotamento profissional ou síndrome de Burnout. No entanto, poucas pesquisas têm investigado esse problema nos serviços na Atenção Primária à Saúde. Assim, estudar os processos envolvidos na constituição desses distúrbios torna-se relevante para a tomada de medidas que auxiliem na prevenção de adoecimento pelo trabalho e para a melhoria da qualidade de vida desses profissionais. Objetivo: avaliar os fatores estressores, de esgotamento profissional e de satisfação no trabalho de enfermeiros de Unidades Básica/Distrital de Saúde, enfermeiros de Unidades/Equipes de Saúde da Família e enfermeiros gestores/gerentes. Material e Métodos: pesquisa de campo, descritiva, de caráter exploratório, realizada nas unidades da Atenção Primária à Saúde do município de Ribeirão Preto - São Paulo. A coleta de dados foi realizada mediante aplicação de Questionário para Dados Sociodemográficos, Escala de Estresse no Trabalho (EET), Escala de Caracterização de Burnout (ECB) e Questionário de Satisfação no Trabalho (S20/23), no período de junho a agosto de 2017, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (Protocolo CAAE 65353317.8.0000.5393/2017). Os dados das escalas psicométricas foram submetidos à análise de confiabilidade e a avaliação estatística foi dividida em grupos de enfermeiros gestores/supervisores e enfermeiros assistencialistas após realização do teste de normalidade. Resultados: 122 enfermeiros participaram do estudo sendo 58 (47,5%) enfermeiros gestores/supervisores e 64 (62,5%) enfermeiros assistencialistas, média de 45,2 anos, casados (59%) e com filhos (66,4%), há mais de 25 anos na profissão (42,6%), o tempo de trabalho nos serviços primários prevaleceu entre 5 a 9 anos (27,9%), carga horária de 40 horas semanais (64,8%), servidores públicos (86,1%) e com qualificação profissional e títulos de especialistas a doutores. Destes 39 (32%) apresentaram nível de estresse considerável, quanto a exaustão emocional, desumanização e decepção no trabalho apresentou níveis de moderados a altos, enquanto satisfação com as relações hierárquicas e ao ambiente físico de trabalho, com média, respectivamente, de 3,4 e 3,5, apesar de serem satisfeitos intrinsecamente com o trabalho, média 3,8. Conclusão: há uma associação entre os problemas organizacionais e as condições laborais que dificulta o trabalho desse profissional, com perceptível sobrecarga, tempo insuficiente para atender às demandas, poucas oportunidades de evolução na carreira e insatisfação com normas e acordos legais na contratação de benefícios. Entretanto, é significante a satisfação intrínseca por gostar do que fazem. Identificou-se que, quando aumentam os níveis de estresse, exaustão emocional, desumanização e decepção no trabalho, consequentemente, diminui a satisfação do trabalhador. |