Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Urakawa, Maria Kazue |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44142/tde-06102015-114001/
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Resumo: |
As investigações apresentadas nesse estudo são relativas à probabilidade de contaminação da água subterrânea próximo à área de influência do reservatório de Biritiba-Mirim, localizado no município de Biritiba-Mirim extremo leste do Planalto Paulistano situado na Bacia do Alto Tietê. A existência de metais oriundos do uso de defensivos agrícolas na área de influência desse reservatório é resultado do uso e ocupação desse meio físico e sua diagnose é de relevância quanto à gestão e preservação do mesmo. Na área do entorno do reservatório realizou-se análise de campo e de imagens de uso e ocupação do solo buscando identificar possíveis locais que pudessem representar fonte contaminante da área do reservatório. Análises químicas de águas subterrâneas coletadas em 19 poços de controle obtidos em diversas campanhas de campo foram reinterpretadas visando identificar comprometimento quanto sua potabilidade. Os elementos químicos analisados na água subterrânea foram cátions como Cu, Zn, Mn, Se, B, K, P, Ca e ânions como \'F POT.-\', \'Cl POT.-\' e \'N POT.-\' como nitrato. Os resultados das diversas análises (químicas, pH, T, CE) indicaram que a água subterrânea dos poços analisados, indicavam algumas anomalias, comprometendo sua potabilidade. A interpretação mais provável desse comprometimento deve ser creditada as precipitações pluviométricas da região, de 1426,51mm por ano. O manganês, fluoreto e nitrato foram os que exibiram concentrações acima das legislações vigentes em alguns poços, considerando os critérios da CETESB e CONAMA 396. Acredita-se que esses íons podem estar atingindo o reservatório principalmente por escoamento e por percolação no subsolo. O solo da área de estudo, com forte constituição argilosa, dificulta a infiltração e circulação da água proveniente das chuvas e da irrigação, podendo agir como vetor de transporte para os defensivos agrícolas e metais associados. Diversos trabalhos indicam que, pedologicamente, a área estudada (principalmente o Complexo Embu) constitui-se de elevada concentração de minerais de argila. Tal constituição, como indicam trabalhos anteriores de permeabilidade e porosidade desse ambiente, dificultam a infiltração e circulação de água proveniente das chuvas e da irrigação. Nessa investigação pressupõe-se que essas conjunções de fatores podem estar agindo como vetor principal de transporte de defensivos agrícolas, fertilizantes e metais associados. Em face desse aspecto, parte significativa da água pluviométrica e de irrigação escoa preferencialmente de modo superficial e atingem o reservatório via contexto da bacia hídrica representado por ele. A grande preocupação em preservar a qualidade da água, fez com que as áreas próximas ao reservatório fossem desapropriadas, eliminando algumas fontes de contaminação. Por sugestão e dos resultados desse trabalho associado ao projeto do qual ele foi extraído do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) em um convênio com o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) para a realização de estudos hidrogeológicos na área de influência do reservatório de Biritiba-Mirim, o DAEE vem desapropriando faixa de 100m a partir da franja de água do reservatório com isso eliminando algumas prováveis fontes de contaminação. |