Avaliação da vulnerabilidade de mulheres à violência doméstica: uma proposta utilizando indicadores de subalternidade de gênero na família

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Piosiadlo, Laura Christina Macedo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/83/83131/tde-03062014-144658/
Resumo: Apesar de a violência não ser em si um problema de saúde típico, por ser um fenômeno determinado histórico e socialmente, afeta fortemente o setor pois provoca mortes, lesões e traumas físicos, emocionais e espirituais, diminui a qualidade de vida das pessoas. Isso traz novas questões a serem consideradas na assistência à saúde. Objetivo: foi analisar a vulnerabilidade das mulheres para violência doméstica em relação à subalternidade de gênero na família a partir da criação de um instrumento de avaliação, que foi testado e validado de modo que seu conteúdo constituísse uma relação direta entre a subalternidade de gênero e a violência doméstica. Metodologia: é um estudo metodológico composto das seguintes fases: criação da primeira versão do instrumento; avaliação desta versão por juízas, readequação do instrumento; aplicação da segunda versão em usuárias dos serviços de saúde; análise dos resultados e elaboração da versão final. A base para a formulação do instrumento foram os resultados obtidos por Okabe (2010). A coleta de dados aconteceu em São José dos Pinhais PR. Resultados: um retrato das 320 mulheres que compuseram a amostra poderia ser assim descrito: são adultas, tem, em média, 39 anos, migraram do interior do estado do Paraná para São José dos Pinhais ainda na infância e vivem no município, em média, há 20 anos, são casadas ou vivem em união estável, cristãs e tem dois filhos em média, cursaram apenas o ensino fundamental, trabalham em atividades relacionadas ao cuidado de casas ou estabelecimentos comerciais ou ligadas ao comércio, porém, boa parte delas não exerce atividade remunerada. A maioria delas (57,94%) reconhece que já sofreu algum tipo de violência física ou psicológica pelo menos uma vez na vida. A análise quantitativa, por meio da análise fatorial do instrumento, mostrou-se a forma mais adequada de analisar o conjunto das respostas. Conclusões: ao longo deste trabalho comprovou-se a relação direta entre a subalternidade de gênero e a vulnerabilidade para a violência doméstica contra a mulher. Ao final, as questões ficaram divididas em dois grupos: 1) as que reiteram a subalternidade e 2) as que superam a subalternidade de gênero, sendo que: quanto maior a média das respostas para as questões do grupo 1, maior a vulnerabilidade para a violência doméstica; quanto maior a média para as questões do grupo 2 maior o reconhecimento ou o interesse na superação da subalternidade de gênero.