Investigação do potencial termogênico e metabólico da planta Camellia sinensis em camundongos obesos - repercussão sistêmica do fenótipo bege.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Bolin, Anaysa Paola
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42136/tde-13062018-151546/
Resumo: O desenvolvimento de adipócitos termogênicos/bege no tecido adiposo branco (TAB) pode reduzir os efeitos adversos da obesidade e melhorar a saúde metabólica. Certos agentes farmacológicos e nutricionais podem promover esses efeitos ativando fatores de transcrição ou vias regulatórias, promovendo o browning do TAB. Como suplemento nutricional ou dietético, os compostos presentes no chá verde (CV) têm demonstrado fortes correlações entre o metabolismo energético e a perda de peso corporal (PC), no entanto, sua potencial contribuição para o desenvolvimento de células termogênicas/bege foram fracamente investigadas. O objetivo principal deste estudo foi avaliar a relação entre as alterações metabólicas induzidas por uma dieta obesogênica e a indução de células termogênicas/bege em camundongos obesos tratados com CV. Além disso, foi avaliado o efeito de uma mistura contendo as principais catequinas do CV (EGCG (2 <font face = \"symbol\">mM), EGC (1 <font face = \"symbol\">mM), ECG (0,6 <font face = \"symbol\">mM) e EC (0,4 <font face = \"symbol\">mM)) (Sigma) em uma concentração final de 4 <font face = \"symbol\">mM e o extrato de CV a 0,19% na indução de fenótipo bege in vitro (pré-adipócitos 3T3-F442A). Nós demonstramos que os camundongos induzidos à obesidade (dieta de cafeteria/16 semanas) e tratados com CV (500 mg/kg de PC) durante 12 semanas mostraram uma redução significativa nos indicadores de obesidade, ganho de peso, depósitos de gordura, hiperlipidemia e incremento nos níveis plasmáticos de adiponectina sem alteração na ingestão alimentar. A taxa metabólica basal foi aumentada, assim como, os genes envolvidos na oxidação de AG, termogênese e marcadores de células bege no TA subcutâneo de animais obesos tratados com CV. O CV também diminuiu a inflamação e o estresse de retículo endoplasmático induzido pela dieta e a resistência à insulina (RI). Nós também sugerimos pela primeira vez que o tratamento com CV induz um ciclo fútil que envolve a de novo lipogênese para ativação da via termogênica in vivo e in vitro. A mistura de catequinas e o extrato de CV demonstraram redução significativa no acúmulo de lipídios, além de induzir a expressão de marcadores termogênicos relacionados à oxidação de AG e ativação mitocondrial, bem como o consumo de oxigênio. O efeito termogênico do CV e do mix de catequinas ocorre de maneira autônoma e dependente da modulação temporal de fatores adipogênicos como o PPAR<font face = \"symbol\">g. Nosso estudo identificou que as alterações metabólicas promovidas pela ingestão de CV induzem o gasto energético e comprometem o destino final da célula adiposa, ainda em etapas iniciais do processo de adipogênese, com modulações que envolvem a via do PPAR<font face = \"symbol\">g, associado à ativação de um ciclo fútil e indução do fenótipo bege. Essas alterações culminam em uma estratégia terapêutica eficiente de combate à obesidade e suas co-morbidades.