Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Arévalo, Andressa Ferrari |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-07102015-114224/
|
Resumo: |
Este trabalho teve por objetivo avaliar as alterações respiratórias e neurológicas resultantes da infecção por via intranasal das diferentes estirpes nacionais do herpesvírus equino tipo 1 (EHV-1) em hamsters comparando sua susceptibilidade com estudos sobre infecção do EHV-1 em camundongos e equinos. Para isso, hamsters sírios machos, três semanas de idade, foram infectados por via intranasal com as estirpes do EHV-1 obtidas a partir de fetos abortados e potro neonato infectados (A4/72, A9/92, A3/97 e Iso/72). Os animais foram pesados e examinados diariamente em busca de sinais clínicos e neurológicos. Conforme os sintomas neurológicos apareceram, grupos de cinco hamsters foram eutanasiados por overdose de isoflurano na primeira etapa do projeto, e, de cetamina/xilazina por via intraperitoneal na segunda etapa. Na necropsia, sistema nervoso central (SNC), pulmão, fígado, baço e timo foram coletados para isolamento viral em cultura de células E-dermal e para análise histopatológica. Na segunda etapa do projeto, a lavagem broncoalveolar (LBA) com 3 ml de PBS por hamsters foi realizada para determinar a resposta inflamatória pulmonar através da contagem total e diferencial de leucócitos. Similar aos experimentos com camundongos, hamsters desafiados com as estirpes virais A4/72 e A9/92 apresentaram manifestações clínicas severas no terceiro dia pós-inoculação (dpi), tais como perda de peso aguda, dispnéia, desidratação, decúbito e morte. Observou-se também sinais neurológicos como hiperexcitabilidade, paralisia, espasmos, perda de propriocepção, andar em círculos e convulsões. Ao contrário dos camundongos, que não desenvolveram a doença; hamsters inoculados com as estirpes virais A3/97 e Iso/72 manifestaram sintomas respiratórios e neurológicos agudos entre quarto e quinto dpi, sendo as alterações respiratórias as mais evidentes, principalmente hemoptise e conjuntivite. O isolamento do vírus a partir do SNC foi positivo em todos os animais infectados; no entanto, todas as amostras de pulmões foram positivas apenas nos grupos infectado pelas estirpes virais A9/92 e A4/72. Todas as estirpes do EHV-1 foram isoladas a partir do baço, no entanto, a partir do timo foram isoladas apenas as estirpes A9/92 e A4/72, e, de fígado somente a estirpe viral Iso/72 não foi isolada. No LBA, a contagem total de leucócitos não demonstrou diferenças de valores significativas entre os grupos experimentais, sendo apenas evidente a presença de eritrócitos, macrófagos e neutrófilos na maioria dos esfregaços dos hamsters infectados. Porém, na contagem diferencial de leucócitos observou-se um aumento significativo de neutrófilo com consequente diminuição significativa de macrófagos nos hamsters infectados pelas estirpes virais A3/97, Iso/72 e A4/72 quando comparados ao grupo controle. Os hamsters infectados pela estirpe viral A9/92 mantiveram valores próximos aos do grupo controle. Ao avaliar microscopicamente o SNC, fígado e pulmão dos hamsters infectados foi observado infiltrado inflamatório, necrose e manguito perivascular em SNC; leucocitose e necrose no parênquima hepático com discreta pericolangite e proliferação de ducto biliar; e em pulmão observou inflamação, necrose, edema e hemorragia em bronquíolos e alvéolos. Concluindo, os resultados apontaram o hamster como a espécie mais susceptível à infecção pelo EHV-1 servindo como um modelo experimental complementar para estudos de doenças respiratória e neurológica provocadas por este agente em equinos |