Doença Inflamatória das Vias Aéreas (DIVA) em eqüinos de policiamento na Cidade do Rio de Janeiro, RJ: estudo clínico e da atividade macrofágica alveolar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Lessa, Daniel Augusto Barroso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-03052004-125243/
Resumo: Objetivou-se caracterizar clinicamente a Doença Inflamatória de Vias Aéreas (DIVA) assim como verificar o comportamento da atividade dos macrófagos alveolares destes animais. Utilizaram-se 17 eqüinos adultos machos e fêmeas, com idade variando entre 11 e 24 anos, sendo oito do Regimento Escola de Cavalaria Andrade Neves (grupo Controle) e nove da Polícia Militar do Rio de Janeiro (grupo Doente, com DIVA). Estes animais não apresentavam história pregressa recente (dois meses) compatível com doença respiratória, nesse período não foram submetidos a nenhum tipo de tratamento e apresentavam resultados de leucogramas e determinações de fibrinogênio plasmático dentro da normalidade. Realizaram-se exames físicos, endoscópicos, mensurações da diferença de pressão intrapleural máxima (Ventigrafia), e citologia broncoalveolar. Para o grupo Controle os animais foram selecionados levando-se em conta os resultados de normalidade nos exames executados. O grupo Doente foi selecionado considerando-se achados de anormalidade compatíveis com alterações inflamatórias pulmonares no mínimo em dois exames, sendo obrigatórios os exames endoscópicos e de citologia broncoalveolar. Para a avaliação da atividade macrofágica, macrófagos alveolares obtidos através de lavagem broncoalveolar foram cultivados a 37ºC em atmosfera de 7% CO2, aderidos em lamínulas de vidro estéril, de 13 mm de diâmetro em placas de 24 poços contendo 300 µL de RPMI 1640 enriquecido com 10% de Soro Fetal Bovino inativado pelo calor. Realizaram-se testes de fagocitose de Zymosan (por uma hora) e de interação com Promastigotas de Leishmania braziliensis cepa 3456 (por uma até 48 horas pós infecção). A análise das funções vitais e das mensurações da diferença de pressão intrapleural máxima revelou, ainda que dentro de valores fisiológicos, diferenças significativas apenas para a temperatura corpórea e freqüência cardíaca. Para os achados do exame do exame físico, não foi detectada diferença estatística entre os grupos. Com relação ao lavado broncoalveolar, o grupo Doente apresentou aumento na contagem celular total, moderado aumento na porcentagem de neutrófilos, discreta redução na porcentagem de macrófagos, porém com aumento no número de macrófagos espumosos e de células epiteliais além de discreto aumento na porcentagem de eosinófilos. Não observou-se diferença, entre os grupos, na capacidade fagocítica com relação ao Zymosan. Porém, uma diferença significativa na capacidade fagocítica após uma hora de interação e redução do índice de sobrevivência de L. braziliensis após 48 horas de cultivo no grupo Doente foi observada. Os resultados demonstraram que a DIVA nos animais de policiamento apresentou caráter assintomático e que os macrófagos alveolares provenientes destes animais, quando comparados aos do grupo Controle, não apresentaram alteração em sua capacidade fagocítica para Zymosan, mas sim para L. braziliensis e um maior estado de ativação, caracterizado pela maior redução no índice de sobrevivência deste parasita após 48 horas de cultivo.