Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Souza, Cintia Aparecida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7144/tde-16102024-134506/
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Resumo: |
Introdução: A vigilância alimentar e nutricional destaca-se como uma prática importante dos profissionais da atenção básica, especialmente nos primeiros anos de vida, fase primordial para o desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis com reflexo potencial na prevenção de doenças ao longo da vida. Apesar dos excelentes documentos do Ministério da Saúde voltados para a melhoria da saúde e alimentação de crianças menores de dois anos, há evidências de que orientações nutricionais básicas e avaliação do estado nutricional (verificação e registro da antropometria) realizadas pelos profissionais de saúde são pouco efetivas, justificada por fragilidades na formação acadêmica que geram insegurança na sua atuação. Assim, casos comuns de problemas nutricionais que poderiam ter resolução no âmbito dos próprios atendimentos são encaminhados ao nutricionista que atua no Núcleo de Apoio à Saúde da Família. Considerando que materiais de apoio, como protocolos, elaborados com base nos problemas e dificuldades identificados pelos profissionais da atenção básica podem contribuir para nortear a prática profissional e a rotina dos serviços de saúde, delineou-se o presente estudo. Objetivos: 1) Levantar junto a profissionais de saúde da atenção básica, dificuldades relacionadas à alimentação e nutrição que ocorrem com maior frequência no atendimento de crianças menores de dois anos; 2) Identificar em protocolos da atenção básica, a abordagem da vigilância alimentar e nutricional de crianças menores de dois anos; 3) Elaborar como produto da dissertação, um protocolo de vigilância alimentar e nutricional para uso dos profissionais de saúde da atenção básica, no atendimento de crianças menores de dois anos. Métodos: Trata-se um estudo transversal aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa e uma análise documental. O estudo transversal foi conduzido entre março e abril de 2021. Para coleta dos dados, utilizou-se questionário online divulgado via aplicativo de mensagem instantânea, pela técnica de Snowball. Participaram do estudo 122 profissionais de saúde da atenção básica. Realizou-se análise descritiva com apresentação dos dados em frequências absolutas e relativas. A análise documental de protocolos de saúde da criança, ocorreu através da busca nos sites das secretarias de saúde dos estados e capitais brasileiros pela plataforma Google, com as seguintes palavras-chave: saúde da criança, protocolo de criança menor de dois anos, protocolo Atenção Básica, protocolo Atenção Primária à Saúde, seguidas pelo nome do estado e capital. A busca identificou protocolos municipais, os quais foram incluídos se contemplassem os critérios: ser protocolo institucional, estadual ou municipal, que abordasse a atenção à saúde de crianças menores de dois anos de idade. Os dados foram agrupados por região geográfica (estado, capitais e municípios), ano de publicação, autoria, público-alvo e faixa etária abrangente. Os conteúdos abordados foram categorizados em 4 tópicos: aleitamento materno, alimentação complementar, avaliação do crescimento e outras condições relacionadas à vigilância alimentar e nutricional. Resultados: Maior parte dos participantes era nutricionista (42,7%), seguido de enfermeiros (30,3%) e médicos (27%), que atuavam no estado de São Paulo (90,1%), em unidades com Estratégia Saúde da Família (67,2%) e tinham capacitação em alimentação infantil (67,2%). Entre as dificuldades mais frequentes no atendimento de crianças menores de dois anos, destacaram-se: consumo de alimentos industrializados; excesso de peso para idade; introdução alimentar precoce; dificuldade de aceitação alimentar; retorno ao trabalho da mãe que amamenta; exames laboratoriais alterados. Grande parte dos encaminhamentos ao nutricionista referia-se a casos de ganho de peso excessivo e baixo peso. Dos 32 documentos identificados, 24 foram incluídos para análise. Desses, 50% eram da Região Sudeste, 45,8% datavam de 2016 a 2020 e tinham como autoria, Secretarias Municipais de Saúde: 100% abordavam aleitamento materno, alimentação complementar, avaliação do crescimento e 79,1% outras condições relacionadas à vigilância alimentar e nutricional. Conclusão: A elaboração do protocolo de uso foi baseada nas dificuldades destacadas como mais frequentes pelos profissionais de saúde da atenção básicas e fundamentado nos documentos do Ministério da Saúde, respaldados nos protocolos encontrados, os quais abordavam os tópicos da vigilância alimentar e nutricional relevantes para orientar o atendimento de crianças menores de dois anos. Espera-se que o protocolo elaborado possa ser uma ferramenta útil aos profissionais de saúde da atenção básica, tanto no processo educativo quanto para otimizar a assistência à saúde da criança menor de dois anos, com vistas à promoção da alimentação saudável e estado nutricional adequado. |