Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1999 |
Autor(a) principal: |
Lira, Ana Cláudia Silva de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20191108-121732/
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Resumo: |
A ciclagem de nutrientes é um processo de grande importância para a sustentabilidade de ecossistemas. Este processo depende da decomposição dos resíduos orgânicos, que é altamente influenciada por alguns fatores como: a atividade biológica e a permeabilidade do solo. Com o objetivo de avaliar o impacto causado sobre um povoamento de eucalipto submetido à diferentes práticas de manejo, comparando com um cerradão (vegetação natural) foram estudados os seguintes indicadores ecológicos: a emissão CO2, a velocidade de infiltração de água no solo e ainda procedeu-se à identificação e quantificação da mesofauna edáfica. O estudo foi conduzido na Fazenda Entre Rios - Cia Suzano Papel e Celulose, em Itatinga -SP, onde parte do povoamento foi cortado e parte deixado intacto. O corte foi realizado no mês de julho/1995, a instalação do experimento (práticas de manejo) em agosto/1995 e o replantio das mudas de Eucalyptus grandis setembro/1995. As práticas de manejo no povoamento foram as seguintes: 1) manutenção do povoamento de eucalipto intacto (TMA), 2) manutenção dos restos culturais e serapilheira na superfície do solo (TMC), 3) remoção dos restos culturais e serapilheira na superfície do solo (TMC), 3)remoção dos restos culturais e serapilheira (TME), 4) incorporação dos restos culturais e serapilheira com gradagem (TMF) e 5) queima dos restos culturais (TMG). A liberação de CO2 foi medida mensalmente no período de junho/97 a fevereiro/98, empregando-se o método de absorção sob campânula em condições de campo. Verificou-se que houve diferença significativa entre os tipos de manejo (F=3,398; p=0,04) e entre as épocas de avaliação (F=41,764; p<0,001). No entanto, não houve efeito significativo da interação entre o tipo de manejo e o tempo. O TMG foi o sistema que apresentou a maior média de CO2 liberado, e o TMA, a menor. Para todos os tipos de manejo, a maior média de liberação de CO2) ocorreu no período de novembro/97 a fevereiro/98, correspondendo ao final da primavera e durante todo o verão. A média da liberação de CO2 no cerradão foi maior do que no povoamento de eucalipto durante todos os meses, indicando haver uma maior atividade biológica neste ecossistema. A velocidade de infiltração de água no solo (VIB) foi medida no mês de setembro/97 em duas profundidades (6 e 20 cm), utilizando-se um permeâmetro de campo. Houve efeito significativo apenas entre as profundidades (F=16,696;p<0,001), sendo maior na profundidade de 20 cm. Observou-se também maiores valores de velocidade de infiltração básica para os tipos de manejo A e E. Comparando o cerradão com o povoamento de eucalipto sob o TMA, observou-se que em ambas as profundidades, o primeiro ecossistema apresentou maiores valores de velocidade de infiltração básica. A coleta do solo para a extração da mesofauna foi realizada no mês de agosto/97, e para análise, utilizou-se o método de Berlese-Tullgren. Foi constatada a existência de 8 grupos faunísticos, tanto no povoamento de eucalipto como no cerradão. No povoamento de eucalipto, os sistemas TMC e TMA apresentaram maior população da mesofauna. Isto pode ser atribuído à presença de resíduos vegetais na superfície do solo destes tipos de manejo. Na vegetação natural (cerradão), a população de mesofauna foi muito maior do que aquela encontrada no TMA do povoamento de eucalipto, evidenciando que neste ecossistema, há uma maior complexidade ecológica. Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir que os parâmetros estudados poderão ser utilizados como indicadores ecológicos para acompanhar a evolução das condições em povoamentos florestais |