Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Costa, Sabrina Araujo Pinho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23139/tde-27112019-162851/
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Resumo: |
O objetivo do presente ensaio clínico controlado foi avaliar a eficácia da laserterapia com emissão nos espectros do infravermelho, vermelho visível e os dois combinados (808 nm, 660 nm, 808 nm + 660 nm) sobre a dor, função, qualidade de vida e qualidade do sono, no tratamento de pacientes com Disfunção Temporomandibular (DTM). Pacientes que compareceram à Clínica de DTM e Dor Orofacial da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, que foram diagnosticados com artralgia e/ou mialgia por meio do RDC/TMD e apresentaram dor espontânea igual ou maior à 4 (mensurados pela Escala Visual Analógica de Dor - EVA), foram instruídos sobre educação e auto-manejo através de uma palestra. Estes pacientes foram reavaliados em retornos subsequentes de 7 e 15 dias. Aqueles pacientes que, após 15 dias de auto-manejo não apresentaram melhora significativa, ou seja, obtiveram valores na escala de dor igual ou maior a 4, foram alocados para participarem da pesquisa, onde foram submetidos à terapia de fotobiomodulação com laser de baixa potência (TFBM). Os participantes da pesquisa foram divididos em quatro grupos, de forma randomizada: Grupo A (n=18): foram submetidos à terapia com LBP no comprimento de onda de 808 nm, no infravermelho; Grupo B (n=18): foram submetidos à terapia com LBP no comprimento de onda de 660 nm, no vermelho visível, Grupo C (n=18): foram submetidos à terapia com LBP com os dois comprimentos de onda combinados (infravermelho (808 nm) e vermelho visível (660 nm), na mesma ponteira e Grupo D (n= 18): foi o grupo placebo (SHAM), no qual foi colocada a ponteira laser, porém, não foi emitido luz. Foram realizadas 2 sessões por semana, por 3 semanas, num total de 6 sessões. Os seguintes parâmetros foram mensurados, na 1ª, 3ª e 6ª sessão e 30 dias após a última sessão de laserterapia: dor à palpação muscular (algômetro de pressão) e articular (palpação manual) e máxima abertura bucal (paquímetro). A presença e intensidade de dor espontânea (EVA) foram avaliadas em todas as sessões e para a análise do impacto da dor na qualidade de vida, foi utilizado o questionário OHIP-14 e no impacto da qualidade do sono, foi utilizado o questionário de Pittsburg, ambos foram avaliados na 1ª, 3ª e 6ª sessão e 30 dias após a última sessão. No primeiro retorno após a primeira aplicação do laser, aqueles pacientes que apresentaram níveis de dor maior que o nível de dor inicial, foram submetidos à medicação de resgaste com paracetamol 750 mg. O laser foi aplicado pontualmente nos músculos masseter e temporal bilateralmente, lateral e posterior à cápsula articular, totalizando 9 pontos por lado da cabeça e da face. Os dados foram analisados usando os testes Exato de Fisher, teste não paramétrico de análise de variância (ANOVA) e Wilcoxon, adotando-se nível de significância de 5%. A abertura bucal ,EVA e dor apresentaram resultados positivos de melhora à medida que as sessões foram realizadas, independentemente do tipo de tratamento que o paciente foi submetido, sendo que a abertura bucal ativa apresentou significância estatística de melhora apenas nos grupos A e C e a terapia de fotobiomodulação também influenciou positivamente a qualidade de vida e dos sonos dos pacientes com disfunção temporomandibular, nos 4 grupos avaliados, não podendo afirmar a superioridade da laserterapia sobre o placebo. Observou-se também que apenas a abertura passiva nos grupos C e D e a EVA no grupo B mantiveram efeito residual por 30 dias após a finalização do tratamento. Aparelho de fotobiomodulação que combina duas fontes de luz laser na mesma ponteira e diferentes densidades no mesmo dispositivo é uma novidade no mercado de reabilitação, mas não encontramos significância estatística que comprove que o seu uso combinado seja melhor que o uso isolado ou placebo do laser para as pessoas com disfunções temporomandibulares. A tentativa de se estudar a eficácia da fotobiomodulação na emissão dos espectros combinados em pacientes com DTM se justifica frente à lacuna que existe na literatura. Desse modo, esse estudo foi desenvolvido em busca de uma resposta à essa lacuna da literatura atual, que demanda a determinação de protocolos para o manejo da disfunção temporomandibular com a terapia de fotobiomodulação, contemplando análises subjetivas que levem em consideração a complexidade do quadro apresentado |