Adutos de DNA relacionados ao estresse oxidativo e glicação avançada em ratos diabéticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Santos, Fabiana Almeida dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9141/tde-17122014-144700/
Resumo: O diabetes mellitus é considerado um dos problemas de saúde globalmente mais desafiadores do século 21. De acordo com as estimativas recentes do International Diabetes Federation - IDF, cerca de 382 milhões de pessoas são diabéticas e esse número tende a aumentar para além de 592 milhões em menos de 25 anos. Para melhor compreensão do Diabetes mellitus e suas complicações torna-se necessário buscar novos marcadores para a doença. O DM promove estresse oxidativo, inflamação e a formação de produtos avançados de glicação não enzimática (AGES), o que leva a dano tecidual no paciente diabético. Marcadores de dano oxidativo em proteínas e lipídeos na vigência do DM têm sido amplamente abordados na literatura, no entanto o estudo de lesões em DNA ainda requer mais atenção em modelos in vivo. Este trabalho teve como objetivo avaliar o dano oxidativo e resultante de glicação avançada em rim, fígado, cerebelo, sangue e urina de animais diabéticos, assim como a modulação do dano por diferentes períodos de tratamento com insulina, a fim de verificar se o controle da glicemia nos animais diabéticos protege contra a indução dos danos em biomoléculas. Para a indução do DM nos ratos Sprague-Dawley foram administrados 40 mg de STZ por kg de peso corpóreo por via intravenosa. Os níveis de MDA e 5-metildC foram avaliados por HPLC-DAD. A quantificação de HbA1c e dos adutos 1,N2-εdGuo, 1,N6-εdAdo, 8-oxodG e CEdG foi realizada por sistema HPLC-ESI-MS/MS. Os níveis de nitrito sérico foram determinados por leitura da absorbância em espectrofotômetro e a concentração de creatinina plasmática foi determinada por analisador bioquímico. Os resultados mostraram que as alterações metabólicas desencadeadas pela condição de hiperglicemia persistente não são prontamente revertidas após o controle da glicemia. Os níveis glicêmicos e de HbA1c apresentam diferença significativa entre os grupos de animais hiperglicêmicos e sadios, sendo observada uma queda dos valores de HbA1c somente a partir do tratamento com insulina por 6 semanas. Em plasma, rim e fígado as concentrações de MDA seguem o perfil de concentração de hemoglobina glicada (HbA1c), indicando que os eventos de glicação e estresse oxidativo podem estar relacionados. O controle glicêmico também apresentou efeito benéfico para a excreção de CEdG e 1,N6-εdAdo em urina, apesar de ser observado a partir dos níveis de 8- oxodG que a hiperinsulinemia leva a um quadro de estresse oxidativo. As três lesões são geradas por vias distintas: glicação avançada, peroxidação lipídica e ROS. Portanto, além do controle glicêmico, é importante que se desenvolvam estratégias de intervenção nas vias bioquímicas alteradas pela condição de hiperglicemia, a fim de reduzir os riscos das complicações decorrentes do diabetes mellitus.