Agenda 2030 e a sua localização: chegamos à metade! E agora?

• Ano de defesa: 2024
• Autor(a) principal: Moriya, Rubens Yoshimassa
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: 2030 Agenda; Agenda 2030; Collective Health; Implementação; Implementation; Localização; Localization; ODS; Saúde Coletiva; SDGs
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-02082024-175156/

Introdução: A Agenda 2030 é um pacto global para a \"transformação do nosso mundo\" firmado por 193 países em 2015. Em 2016 o grupo interagencial da ONU no Brasil para a Agenda 2030 lança a adaptação em português da publicação \"Roteiro para a Localização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: implementação e acompanhamento no nível subnacional\" para apoiar cidades e regiões no cumprimento da Agenda 2030 em âmbito local. Em outras palavras, explicita que embora a agenda 2030 seja formulada globalmente, apresenta uma preocupação com a territorialização reconhecendo o papel fundamental dos governos locais e regionais na promoção do desenvolvimento sustentável. O objetivo desta pesquisa foi colocar em cena a implementação da Agenda 2030 na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Especificamente, levando em conta o marco teórico da gestão do conhecimento e da necessária tradução do conhecimento para a implementação de políticas públicas, organizamos um conjunto de publicações sobre a localização da Agenda 2030; discutimos os aspectos que levaram alguns municípios a adotarem a Agenda 2030 em seus Planos Plurianuais (PPA); interpretamos indicadores sobre a situação dos ODS na Região Metropolitana de São Paulo; analisamos o caso da criação da Comissão Municipal dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) na cidade de São Paulo. A metodologia da pesquisa se valeu da combinação de múltiplos métodos que permitiu identificar diferenças e desigualdades territoriais. A pesquisa é presidida pela hipótese de que os municípios que explicitamente manifestam a Agenda 2030 em seus processos de planejamentos e mecanismos de gestão apresentaram melhores indicadores dos ODS. Os resultados da pesquisa evidenciam em parte a hipótese levantada e a organização e sistematização da literatura disponível sobre localização dos ODS pode se constituir em um dispositivo efetivo para a disseminação do tema e sua adoção. Concluímos que estamos atrasados. Passado metade do período ainda há muito a ser realizado, tanto no que diz respeito à materialidade concreta das ações e iniciativas, quanto no sentido do alcance dos resultados desejados.