Ação de soluções experimentais e laser de diodo na evolução de lesões não cariosas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Matos, Laís Lopes Machado de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58133/tde-29112022-172340/
Resumo: Os tratamentos propostos para hipersensibilidade dentinária (HD) são classificados de acordo com seu mecanismo de ação:dessensibilização neural; obliteradores de túbulos; eliminação de fatores etiológicos. Porém, além de encontrar componentes capazes de reduzir a HD, é necessário bloquear o processo erosivo. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar in vitro a ação de tratamentos dessensibilizantes na evolução do processo erosivo e in vivo os efeitos na hipersensibilidade dentinária. 105 espécimes foram imersos em ácido cítrico 6% (erosão inicial) e observados em Microscopia Confocal a Laser (MCL) (avaliação inicial). Para o estudo in vitro os espécimes tiveram metade da superfície isolada com resina composta (área controle) e foram aleatoriamente divididos em 7 grupos (n=15): Controle (C); PRG Barrier Coat (S); Solução Experimental 1 (SE1); Solução Experimental 2 (SE2); Laser de Diodo (LD); Laser de Diodo + Solução Experimental 1 (LD + SE1); Laser de Diodo + Solução Experimental 2 (LD + SE2). Em seguida, foram submetidos a ciclagem erosiva (ácido cítrico 0,3%) durante 9 dias com aplicação do tratamento a cada 3 dias. As avaliações da rugosidade, desgaste, número e dimensão dos túbulos e análise morfológica foram realizadas na MCL no último dia de ciclagem (9º). Para o estudo clínico foram selecionados 15 pacientes, com lesões cervicais não-cariosas em pelo menos um dente de dois quadrantes opostos. Essas lesões foram aleatoriamente divididas em dois grupos experimentais: grupo controle (laser de diodo) e grupo experimental: tratamento o que apresentou os melhores resultados no estudo in vitro (SE1). Foram realizadas 3 sessões de tratamento com intervalo de 7 dias entre elas e avaliação pós tratamento (1 mês da primeira sessão). Para avaliar a progressão do desgaste erosivo, foi realizada a moldagem da lesão na primeira sessão e 1 mês da primeira sessão e as réplicas foram avaliadas em relação a rugosidade e desgaste em MCL. A hipersensibilidade dentinária foi avaliada em todas as sessões de tratamento antes da aplicação do dessensibilizante e após 1 semana da última sessão, através da Escala Estimativa Numérica (Numeric Rating Scale - NRS). Os dados in vitro foram analisados por ANOVA e teste Tukey (α=5%): todos os grupos com exceção do C e LD tiveram uma diminuição da rugosidade; o grupo SE2 foi o que obteve menores valores para o desgaste; os grupos SE1 e LD+SE1 apresentaram menor número e dimensão dos túbulos. Os dados de desgaste in vivo foram submetidos a ANOVA a 1 critério e não houve diferença entre os grupos LD e SE1 em relação ao desgaste erosivo. Para análise da hipersensibilidade dentinária, os dados foram submetidos ao teste de Wilcoxon e Friedman, e não foi possível observar diferença significativa entre os grupos, sendo que ambos resultaram numa diminuição da dor. Podendo concluir que no estudo in vitro a SE1 e SE2 sem associação com o laser foram eficazes, respectivamente, na oclusão dos túbulos dentinários e no controle do processo erosivo. No estudo in vivo, ambos os tratamentos foram capazes de reduzir a sensibilidade dentinária, mas não o desgaste.