Freud e Platão entre educação e pedagogia: caminhos da alma para uma constituição do sujeito

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Castanha, Carlos Eduardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-11122019-174504/
Resumo: Essa dissertação trata de duas dimensões humanas que refletem nos mais variados modelos educacionais experimentados ao longo da história. Dimensões aparentemente antagônicas, mas que se configuram complementares no homem do mundo pós-industrial, quais sejam: a dimensão trágica e a dimensão lógica; ou a racional e a irracional; ou, ainda, a dos afetos e a do pensamento sistematizado. Os nomes são muitos, mas referem o eterno pêndulo no qual o movimento histórico parece oscilar, algo situado entre a segurança e a liberdade, a consciência e a inconsciência. O incômodo que nos leva a dedicar bons anos de vida nessa pesquisa, tem relação com a constatação de que o pêndulo está cada vez mais posicionado no campo da fantasia de segurança, o que, em termos educacionais, se reflete em uma aposta cada vez mais intensa no privilégio da didatização e do conteudismo, em detrimento da reflexão e da liberdade de pensamento. Tal escolha não vem sem os efeitos dramáticos do cerceamento dos caminhos de Eros, que se configuram em um aprofundamento dos tão contemporâneos sintomas da depressão e do suicídio. Para investigar esse fenômeno, optamos por um caminho ousado e frutífero, que privilegia as conexões entre as ideias e seus autores, em detrimento do aprofundamento extenuante em uma única ideia ou um único autor. Assim, procuramos cotejar o conceito de psique em Platão e o modelo de psiquismo de Sigmund Freud. Desse embate de modelos, tão distantes no tempo e nos objetos, buscamos elementos para uma visão acerca da constituição do Sujeito e suas intersecções com a educação, esforçandonos por demonstrar que ambos os pensadores têm, no fundamento de suas concepções educacionais, algo de antipedagógico.