Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
De Martini, André |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-28062006-134940/
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Resumo: |
O aumento da importância que se tem dado ao objeto na constituição do psiquismo ao longo da história da psicanálise nos tem levado a reflexões acerca da constituição ou instalação da subjetividade, e ao exame detido das condições do psiquismo do outro, para além dos aspectos constitucionais ou idiossincráticos do sujeito. Indagações acerca do estatuto desta figura a que chamamos objeto apontam irremediavelmente para o mesmo lugar o ego sendo ambos parte de um quadro maior que podemos chamar subjetividade. O objetivo deste trabalho é percorrer os meandros da constituição e instalação da subjetividade, em que as figuras do sujeito e do objeto (ou de um eu e um outro) encontrarão seu lugar, sustentação e dissonâncias. Isto é realizado através do percurso, no texto de Freud, de conceitos, idéias e sentidos implícitos cabíveis nessa discussão. Abordo a natureza ambivalente do vínculo sujeito-objeto, no qual se evidenciam as dificuldades de delimitar objeto e sujeito sem que isto signifique alguma imbricação entre os conceitos ou noções de cada um. É preciso pensar em níveis simultâneos de constituição subjetiva, um de diferenciação e outro de indiferenciação, que se exigem. Cria-se, a partir de um momento originário, antes de haver um ego, uma condição de reflexividade que denomino si, e uma região primitiva de alteridade que denomino não-si. Este si é o primeiro depositário do investimento a que chamamos narcisismo primário. Ao longo da vida do sujeito, este si geralmente coincidirá com o ego, e será somente numa experiência estranha que ele poderá dar-se conta daquilo que estou chamando de descentramento subjetivo. A ferida tocada, justamente, é a suposta natureza sintética dos processos do ego, habitualmente ancorada na experiência de identidade. É na expressão freudiana de uma estrutura do ego" que encontramos apoio para abordar o atravessamento interno que o sujeito sofre do objeto, uma estrutura que excede a função egóica, e que, não obstante, diz respeito ao eu. Também o viés econômico na psicanálise, através da pulsão, do traumático e da repetição elementos que perfazem o vínculo sujeito-objeto , tem um papel fundamental para a compreensão da constituição dos lugares subjetivos, do eu e do outro. |