Efeito da N-acetilcisteína associada ao ácido tranexâmico na coagulopatia em modelo suíno de politrauma

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Cardoso, Juliana Mynssen da Fonseca
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5132/tde-02072018-152418/
Resumo: Trauma é a maior causa de óbito entre adultos jovens no Brasil e no mundo, considerado um problema grave de saúde mundial. Atualmente, o controle da hemorragia é feito com uma reanimação hemostática, que preconiza a hipotensão permissiva, limita o uso de cristalóides, estimula o uso precoce de hemoderivados e medicamentos que possam minimizar o sangramento. Entretanto, a administração precoce de componentes do sangue, apresenta limitações de armazenamento, transporte, disponibilidade, compatibilidade, reações transfusionais e custo. Assim, devem ser desenvolvidas estratégias medicamentosas que possam beneficiar o paciente politraumatizado no tratamento do sangramento e na coagulopatia traumática. Por isso, decidiuse avaliar o efeito da administração precoce de N-acetilcisteína (NAC) e do ácido tranexâmico (TXA) em associação com Ringer lactato e seus efeitos na coagulação. Foi utilizado modelo experimental de choque hemorrágico e politrauma em 36 suínos, machos, da raça Landrace, com peso médio de 28,34 kg e distribuídos em cinco grupos: Controle (n=5), Ringer lactato (n=5), NAC (n=6), TXA (n=6) e NAC+TXA (n=6). Os animais foram submetidos à anestesia geral, fratura de fêmur, choque hemorrágico controlado e, por fim, a uma lesão hepática com hemorragia não controlada. Foram analisados os parâmetros fisiológicos, testes laboratoriais e tromboelastometria. Todos os animais submetidos ao experimento apresentaram taquicardia, hipotensão arterial, hipotermia, acidose, redução de plaquetas e hemoglobina e alteração nos testes de coagulação e viscoelásticos. O grupo NAC+TXA apresentou melhora do pH e excesso de base nas fases mais tardias do experimento quando comparados com os demais grupos (p < 0,05). No tempo Final, observou-se uma redução do fibrinogênio menor no grupo tratado com NAC+TXA. Na análise da tromboelastometria, os grupos tratados com TXA e NAC+TXA apresentaram o ML menor do que os tratados apenas com Ringer lactato ou NAC (p < 0,05). As análises do estudo sugerem um efeito benéfico da NAC em associação com TXA na melhora da acidose e fibrinólise.