Avaliação das alterações hemorrágicas e tromboembólicas em cães com doença renal crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Gonçalves, Daniele Silvano [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
CKD
DRC
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/134372
Resumo: A doença renal crônica (DRC) acomete principalmente cães idosos e tem como característica principal a perda irreversível da função renal. A DRC em cães promove alterações metabólicas graves, caracterizadas frequentemente pela azotemia, hipoalbuminemia e anemia não regenerativa. Tanto a azotemia quanto a uremia predispõem a alterações hemostáticas que podem levar a quadros hemorrágicos. Além das disfunções plaquetárias, deficiência de anticoagulantes naturais e redução da fibrinólise são fatores que predispõem ao tromboembolismo. Este trabalho tem como objetivo avaliar as possíveis tendências hemorrágicas ou trombóticas em cães com DRC. Foram selecionados 20 cães saudáveis (grupo controle) com exames dentro da normalidade e 17 cães com DRC em estágios III ou IV classificados segundo a IRIS e a relação proteína/creatirina urinária maior que um (grupo DRC). As amostras de sangue para a realização da tromboelastometria (TEM), agregação plaquetária, tempo de protrombina (TP), tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA) e concentração de fibrinogênio foram colhidas em momento único para ambos os grupos após os critérios de inclusão serem confirmados. A análise estatística foi realizada de acordo com a distribuição das variáveis, ao nível de 5% de significância. No presente estudo foi possível observar um estado de hipercoagulabilidade sanguínea nos cães com DRC. Na TEM com o ativador de via extrínseca, observou-se encurtamento no tempo de coagulação e do tempo de formação do coágulo, aumento do ângulo alfa, da firmeza máxima do coágulo e redução da lise máxima nos cães com DRC em relação aos animais controle. O tempo de protrombina também apresentou resultados menores no grupo DRC. Adicionalmente, a dosagem de fibrinogênio foi maior neste grupo. A agregação plaquetária não apresentou diferenças entre os grupos A interpretação conjunta dos resultados obtidos nos leva a concluir que os cães com DRC possuem uma predisposição a trombose, porém as plaquetas parecem não desempenhar um importante papel neste processo.