Dom Quixote e Sancho Pança: o diálogo epistolar entre amo e escudeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ribeiro, Angelo Roberto Gonçalves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-02082023-181018/
Resumo: Este trabalho tem por objetivo analisar o diálogo epistolar entre amo e escudeiro contido no capítulo LI da segunda parte da obra cervantina, Don Quijote de la Mancha. Com este propósito, nos orientamos a partir dos manuais retóricos e poéticos da época de circulação da própria obra, buscando uma adequação histórica ao objeto de estudo. Conforme o exame das cartas trocadas entre Dom Quixote e Sancho Pança, observou-se que elas seguem os princípios poéticos vigentes na época de circulação da obra e seus discursos carregam uma intenção específica, isto é, enquanto o cavaleiro tem por intenção primeira o aprendizado de Sancho, o escudeiro se preocupa com uma possível mobilidade social, no sentido de não passar fome, comendo com fartura, casar bem os filhos e ter uma vida confortável. Também, foi possível identificar a incorporação do subgênero carta à composição poética como elemento fundamental de verossimilhança e de construção da comicidade presente na relação entre as duas personagens.