A inserção de disciplinas de gênero em cursos de Pedagogia de Faculdades de Educação: caminhos e desafios em três universidades federais em Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Soares, Alexandre Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-06072018-112647/
Resumo: Esta tese tem por objetivo analisar a trajetória de inserção de disciplinas com foco em gênero e diversidade sexual nos cursos de Pedagogia de Faculdades de Educação em três instituições públicas de Ensino Superior no Estado de Minas Gerais. Para tal, delinearam-se como objetivos específicos: (i) aferir nessas trajetórias o que existe de diferente nas trajetórias de inserção de disciplinas com ênfase em gênero e diversidade sexual; (ii) identificar o que garantiu a permanência dessas disciplinas nos cursos de Pedagogia das três universidades públicas mineiras; e (iii) analisar o que essas experiências podem agregar de diferencial para as outras instituições que ainda não incluíram a abordagem de gênero, com a ampliação do enfoque em diversidade sexual na formação inicial de pedagogas/os. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa que buscou captar as trajetórias de inserção de quatro disciplinas (duas obrigatórias e duas optativas) em cursos de Pedagogia por meio de entrevistas semiestruturadas com sete docentes (quatro professoras e três professores) e da seleção de documentos relacionados às disciplinas. Na análise do material de campo, foram basilares as reflexões teóricas sobre formação docente, gênero e diversidade sexual. O aporte teórico utilizado baseou-se em vertentes pós-estruturalistas especialmente na concepção teórica de gênero, de Joan Scott (1990, 2011) e outras/os pesquisadoras/es no campo da sexualidade; na relação com o saber, de Bernard Charlot (2013); e no papel da Educação na humanização, de Paulo Freire (1997, 2014). De modo geral, os resultados apontam que as trajetórias de inserção das disciplinas são marcadas por ações ora individuais, ora coletivas, decorrentes do envolvimento das/os docentes com os marcadores de gênero e diversidade sexual. Não obstante, são patentes os desafios para manter tais disciplinas diante de um contexto de mudanças nas políticas educacionais, no conjunto das universidades e no âmbito governamental.