Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Silva, Felipe Vale da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8144/tde-06122012-145632/
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Resumo: |
A análise desenvolvida no presente trabalho lida com o peculiar acesso do jovem Goethe à questão da subjetividade enquanto uma problemática que, em tempos modernos, traz todo um conjunto de dilemas e contradições em si. O tratamento da participação do autor no que é chamado de discurso moderno da subjetividade se dá, primeiramente, através da identificação de sua apropriação crítica de códigos culturais que lhe foram contemporâneos (como o Pietismo e a Empfindsamkeit), e, em um segundo momento, pela análise detida de seus dois romances do Sturm und Drang. A presente análise confronta, sobretudo, certas categorias tradicionalmente empregadas pela historiografia literária com o fim de generalizar um único modelo antropológico supostamente compartilhado por autores do Sturm und Drang isto é, o modelo do Genie e do indivíduo autônomo pertencente a uma época de crescente ênfase no ideal burguês de Bildung. Não apenas Goethe não compartilharia o mesmo entusiasmo de seus contemporâneos pelo individualismo enquanto valor em si, como também seus dois retratos romanescos desse individualismo sugerem a experiência moderna do Eu como uma entidade potencialmente autodefinidora como um aparato conceitual insuficiente, uma noção permeada por pressuposições metafísicas enganadoras que poderia e deveria ser reconsiderada. O famoso caso trágico de Werther, o indivíduo titânico para o qual não há lugar possível no mundo, é exemplar de tal insuficiência, e o fato de que Goethe continua a lidar com a imagem do ser à procura de seu cerne mais íntimo no romance seguinte, Wilhelm Meisters theatralische Sendung, é tomado como prolongamento de sua participação no corrente discurso filosófico da subjetividade do final do século XVIII. Estes romances são aqui tomados, assim, como dois momentos distintos ainda que de certa forma complementares, ou ao menos coerentes em relação um ao outro do acesso goethiano à problemática. |