Hidra de sete cabeças: manifestações da crise geral do século XVII na Bahia e em Angola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Salles, Wesley Dartagnan
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-21022022-204717/
Resumo: Nesta tese partimos da perspectiva que o século XVII, do ponto de vista global, representou momento de reconfiguração no mapa político das potências europeias e que colocou Portugal na periferia do sistema, resultando, dessa maneira, em mudanças na dinâmica colonial. Com o advento de novas potências colonialistas (França, Holanda e Inglaterra), Portugal perdeu o regime de monopólio que lhe assegurava o controle nos preços. Do ponto de vista das colônias, o sistema fiscal e os mecanismos de controle colonial se intensificaram. Se o século XVII representou um ponto de viragem no sistema da economia mundial, para Portugal e suas colônias, a mudança não foi menos importante. Demonstramos ao longo desta tese que a crise geral se manifestou de maneira distinta nos setores da economia do império, em especial Bahia e Angola. Assim, da perspectiva estrutural, a crise se manifestou nas relações de concorrência entre as nações europeias, na queda geral dos preços, na falta de moedas, na crise do açúcar e na ascensão da Costa da Mina. Conjunturalmente, apresentou-se na instabilidade das safras, no endividamento dos senhores de engenho, nos surtos de varíola e febre amarela, na fome no Recôncavo.