Nzinga Mbandi e as guerras de resistência em Angola. Século XVII

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Fonseca, Mariana Bracks
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-14032013-094719/
Resumo: Nzinga Mbandi é a mais famosa e controversa personagem da história de Angola no século XVII. Pretendemos neste trabalho, analisar a trajetória política de Nzinga tendo em vista o conturbado contexto da expansão da colonização portuguesa na África Central e da instituição do tráfico negreiro, principalmente durante o período em que representou maior oposição aos portugueses, nas décadas de 1620 e 1630. Buscamos compreender as estruturas de poder que haviam no reino do Ndongo antes da chegada dos portugueses e como o povo Mbundo se organizava política e economicamente. Entramos no debate historiográfico sobre quem eram os Jagas, como lutaram a favor dos portugueses e contra eles, ao lado de Nzinga. Buscamos entender como Portugal criou a colônia de Angola através do avassalamento dos sobas, construção de presídios, controle das feiras e composição de um exército africano que servia a seus interesses. Nzinga Mbandi desempenhou diferentes papéis durante sua trajetória: cristã, Ngola, Tembanza, rainha de Matamba, etc. Buscamos compreender estes papéis face à disputa pelo controle do Ndongo, em que os portugueses a destituíram do trono e instituíram um novo rei em 1626, para isto, analisamos a questão da legitimidade e do poder feminino no reino do Ndongo. Entendemos Nzinga como a principal líder da resistência contra a presença portuguesa em Angola no período, pois além de dar asilo a centenas de escravos fugidos dos portugueses, impediu feiras e desorganizou a cobrança dos impostos.