Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Veiga, Tatiane Bonametti |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-16052011-165236/
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Resumo: |
Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, a maioria dos problemas ambientais é de caráter local e tem repercussão direta na saúde e na qualidade de vida das pessoas. Dentre esses problemas, destaca-se a necessidade de adequado gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos, especialmente os perigosos, cuja produção vem aumentando e causando grande preocupação para diversos seguimentos da sociedade. Nesse contexto, as instituições de ensino e pesquisa apresentam um papel fundamental, pois apesar de sua importância em relação à produção de conhecimentos científicos, acabam, também, sendo fonte geradora de resíduos de diferentes naturezas. No Campus da USP de Ribeirão Preto-SP, desde a década de 90, vêm sendo realizados estudos sobre esse tipo de resíduo, revelando uma realidade preocupante em relação ao crescimento do número de pontos de geração de resíduos perigosos. Frente ao desenvolvimento das Unidades e Serviços do Campus, foi realizado nesta pesquisa, de caráter descritivo e exploratório, um levantamento com o objetivo diagnosticar a atual situação sobre o gerenciamento de resíduos gerados no Campus, com foco nos resíduos perigosos. Os resultados deste estudo correspondem aos dados fornecidos por 199 sujeitos, respondendo por um percentual de 66,6% dos Laboratórios/Serviços do Campus. Os dados revelaram que em 87,4% dos locais participantes da pesquisa havia a geração de resíduos biológicos, químicos, radioativos e/ou perfurocortantes. Em relação às fases de manejo interno (segregação, acondicionamento, identificação, armazenamento, coleta, transporte e tratamento interno) foi verificado que procedimentos como a segregação na fonte, o acondicionamento em recipientes compatíveis com o tipo de resíduo, a identificação das embalagens, estavam adequados à legislação brasileira, nos Laboratórios/Serviços; porém, dados como o acondicionamento de resíduos perfurocortantes em sacos plásticos em 5,4% dos locais que indicaram gerar esse tipo de resíduos, demonstram a inadequação na utilização de alguns procedimentos. Os resultados obtidos revelaram que 64,3% dos Laboratórios/Serviços não realizavam tratamento interno, que a coleta interna era realizada, em sua maioria (87,5%), por funcionários da instituição ou terceirizado e que o transporte interno era substancialmente manual (63,3%) e somente 6,5% dos sujeitos referiram que era utilizado carrinho com tampa. Os dados revelaram, ainda, um aumento do desconhecimento referente às fases de manejo externo (coleta, transporte, tratamento e destinação final), identificando-se conceitos errôneos, nas respostas dos sujeitos, demonstrando haver confusão no que se refere às diferentes fases do manejo externo, principalmente entre o tratamento e destinação final. Entre os sujeitos, 66,8% informaram ter recebido algum tipo de orientação para o gerenciamento, destacando a necessidade da realização de treinamentos e cursos nessa área. Os sujeitos referiram que em 52,8% dos Laboratórios/Serviços não havia um Plano de Gerenciamento de Resíduos, mas somente 2,0% dos sujeitos disseram conhecer as normas utilizadas na elaboração desse plano. Os achados revelam a necessidade premente da elaboração e implantação de um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde no Campus, além de manter um cronograma contínuo de educação em serviço, de forma permanente, a fim de contribuir para o gerenciamento ambiental, além de ter potencialidade para ser utilizada, também, como referência em outras instituições similares. |