Caracterização e seleção de Rhizobium phaseoli para a produção de inoculantes comerciais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1986
Autor(a) principal: Baraibar Lucas, Amalia Del Rosaria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/64131/tde-20240301-150636/
Resumo: Foram conduzidos estudos de antagonismo entre Streptomyces isolados de turfas e estirpes de R. phaseoli a partir dos quais obtiveram-se variantes das estirpes CO5, SEMIA 487 e CIAT 255 que cresciam nos halos de inibição formados. Com estas variantes, as culturas matrizes e outras estirpes de R. phaseoli, foi proposta uma sequência de testes que inclue: resistência a antibióticos e fungicidas, produção de bacteriocinas, tolerância à acidez, eficiência simbiótica, competição nodular e sobrevivência na turfa. Os isolados C05 I, C05 II e C05 III, SEMIA 487-2 e a estirpe 1899 apresentaram altos níveis de resistência à estreptomicina, cloranfenicol, eritromicina e tetraciclina assim como benomyl, thiram e captan e cresceram em melo ácido (pH = 4,3). Nenhuma das estirpes testadas apresentou atividade bacteriocinogênica. As estirpes C05 e SEMIA 487 foram ineficientes; o isolado C05 II demonstrou superioridade nos parâmetros simbióticos estudados apresentando a maior eficiência nodular, foi altamente competitivo para a formação de nódulos na presença de estirpes de Rhizobium nativas e frente a C05 matriz, e igualmente competitivo em relação à estirpe 1899. As estirpes matrizes C05 e SEMIA 487 nodularam tardiamente com nódulos pequenos e escassos, 1899 e SEMIA 487-2 foram de nodulação precoce e ciclo curto (até floração) enquanto que, C05 II destacou-se pelo ciclo de nodulação mais prolongado. Discute-se a validez da persistência nodular como critério de seleção de estirpes para Phaseolus vulgaris. A estirpe CO5 não sobreviveu satisfatoriamente nas turfas não irradiadas, sendo superada pelos isolados C05 I, C05 II e C05 III e pela estirpe 1899. A irradiação da turfa com radiações gama (2,5 Mrad) controlou o crescimento dos contaminantes remanescentes e permitiu boa sobrevivência do R. phaseoli durante os 60 dias de armazenamento dos inoculantes a 28°C. Recomenda-se o isolado C05 II para a produção de inoculantes para feijoeiro. Para certos casos, a estirpe 1899 poderá ser incluída junto à C05 II em inoculantes polivalentes porque a primeira apresenta um ciclo de nodulação precoce. Discute-se a possibilidade de irradiação da turfa com doses acima de 2,5 Mrad e uso de estirpes com resistência a antibióticos e fungicidas como alternativa para a produção de inoculantes de maior qualidade no Brasil.