Diversidade de rizóbios nativos de solos do estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1995
Autor(a) principal: Lombardi, Maria Luiza Colognesi de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20210104-185909/
Resumo: Isolados de Rhizobia e Bradyrhizobia originários de plantas de crotalária (C. juncea), feijão (Phaseolus vulgaris) e guandu (Cajanus cajan) cultivadas em solos de cinco locais do Estado de São Paulo, foram caracterizados quanto à tolerância à acidez, alumínio e antibióticos, diversidade sorológica, perfis enzimáticos de alfa e beta-esterases e especificidade hospedeira em crotalária, feijão guandu e amendoim. Relacionaram-se algumas características do microrganismo com características dos solos de origem. Avaliou-se também a viabilidade dos testes utilizados para identificar os rizóbios em nódulos. Os solos amostrados foram: podzólico vermelho-amarelo distrófico, sob pastagem (PVd); latossolo vermelho amarelo álico, sob cerrado (LVa); latossolo roxo eutrófico, sob cerradão (LRe); latossolo amarelo húmico álico, sob mata (LAa) e podzólico vermelho-amarelo distrófico, sob mata (PVd). As características químicas do solo de origem, principalmente o alumínio, influenciou o número de rizóbios em cada solo: observou-se o maior número de células no latossolo roxo eutrófico, sendo que nesse solo houve boa nodulação das três leguminosas. Observou-se o menor número de rizóbios no latossolo amarelo e álico sob mata onde somente o guandu apresentou poucos nódulos. No podzólico vermelho amarelo distrófico sob mata apenas o feijão e o guandu nodularam. No podzólico vermelho amarelo sob pastagem e no latossolo vermelho amarelo e álico sob cerrado, as três leguminosas nodularam. O feijão foi o que apresentou maior número de nódulos em todos os solos em que nodulou. Quanto à especificidade hospedeira, a associação com o feijoeiro foi a mais específica, seguindo-se as do amendoim, da crotalária e do guandu, cuja planta foi a mais promíscua. A maior incidência de isolados sensíveis ao alumínio se deu entre os provenientes da crotalária e menor entre os originados do guandu. Os isolados da crotalária foram em geral mais sensíveis aos antibióticos . Os isolados do feijão e do guandu foram os mais tolerantes à acidez, ao alumínio e aos antibióticos. Os testes sorológicos mostraram a ocorrência de reações homólogas entre isolados e as 3 estirpes de referência, recomendadas para crotalária, feijão e guandu, em todos os solos. A melhor diferenciação ocorreu com os perfis enzimáticos, principalmente quando se considerou a alfa e beta-esterases conjuntamente. Houve isolados idênticos entre si em cada leguminosa dentro de cada solo, não ocorrendo identidade enzimática entre isolados dos diferentes solos. Os isolados da crotalária apresentaram morfologia de colônias, crescimento lento e produção de álcali em meio de cultura as quais são características típicas do gênero Bradyrhizobium. Os isolados de feijão apresentaram características típicas do gênero Rhizobium quanto à morfologia de colônias, produção de ácido em meio de cultura e crescimento rápido. Muitos dos isolados do guandu apresentaram velocidade de crescimento e morfologia de colônias típicas do gênero Rhizobium, mas produziram álcali no meio de cultura, característica típica do gênero Bradyrhizobium. Os testes de tolerância aos antibióticos nas doses testadas e os testes sorológicos não podem ser confiáveis na identificação de estirpes de Rhizobium e Bradyrhizobium.