Qualidade de vida e síndrome da fragilidade em idosos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Panes, Vanessa Clivelaro Bertassi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25144/tde-09052018-213716/
Resumo: A síndrome da fragilidade surge no cenário do crescente número de idosos na população mundial, acometendo esses indivíduos, agravando suas condições de vida e saúde. Considerando que essa síndrome é multifatorial e multidimensional, que atinge idosos que vivem em diversas realidades, esta pesquisa buscou verificar a percepção de qualidade de vida de idosos residentes na comunidade e em Instituições de Longa Permanência, diante de sua condição de fragilidade. Por meio de um estudo epidemiológico descritivo do tipo transversal, com abordagem quantitativa, foram entrevistados 136 idosos, sendo metade deles residentes da comunidade, e a outra metade, residentes de Instituições de Longa Permanência para Idosos - ILPIs. Para o cálculo adotou-se nível de significância de 5% e poder do teste de 80% para se demonstrar uma correlação mínima de 0,35 são necessários 68 sujeitos para cada tipo de residência. Utilizou-se a Escala de Fragilidade de Edmonton (EFS) para identificar a presença de fragilidade e os questionários Whoqol Bref e Old para mensurar a percepção de qualidade de vida. Foi observado uma diferença notória entre o número de idosos frágeis moradores da comunidade (16,2%) e os residentes de ILPIs (51,5%), com significância estatística (p<0,001). A percepção de qualidade de vida também é melhor entre os domiciliados nos dois questionários, com destaque para os domínios relações sociais, meio ambiente e morte e morrer. O domínio autonomia apresentou a pior percepção, sobretudo entre os idosos institucionalizados. Entre os idosos frágeis estão as piores percepções de qualidade de vida na maioria dos domínios, para ambos os questionários. Os resultados mostram que a condição de fragilidade piora a qualidade de vida dos idosos e não são apenas os domínios relacionados à saúde física e mental que prejudicam a qualidade de vida. Fatores relacionados à intimidade, autonomia e relações sociais também se mostram associados à piora da percepção de qualidade de vida para as duas realidades, sobretudo para os institucionalizados. Assim, identifica-se que distinguir idosos frágeis de não frágeis é fundamental para a assertiva intervenção de saúde física ou mental.