Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Moraes, Loçandra Borges de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-18022014-153709/
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Resumo: |
Este estudo teve como principal objetivo analisar as possibilidades de desenvolvimento do pensamento teórico por meio dos conceitos e conteúdos de Cartografia, geralmente ensinados em cursos de licenciatura em Geografia. A fundamentação teórica que norteou o estudo foi a Teoria do Ensino Desenvolvimental de Vasili V. Davidov, cujos fundamentos estão baseados nos princípios da Teoria Histórico-Cultural de Vigotski e na Teoria da Atividade de Leontiev. O elo entre esses pesquisadores é a tentativa de desenvolver propostas de ensino que ajudem os alunos a desenvolver um pensamento que supere o da lógica formal. A pesquisa, de natureza qualitativa, foi feita por meio de procedimentos como questionários, entrevistas, análise documental. Além disso, desenvolveu-se experimento didático-formativo. Os questionários respondidos por 159 alunos e 21 professores de oito cursos de Geografia pertencentes as três IES goianas comprovaram dados de pesquisas já realizadas em Goiás e em outros estados brasileiros, que indicavam os conteúdos de Cartografia, especialmente escala, projeção, coordenadas geográficas e sensoriamento remoto, como de difícil ensino e aprendizagem. Também indicaram as causas das dificuldades dos alunos e professores, assim como permitiram conhecer as experiências feitas por professores com o intuito de aproximar a formação universitária em Cartografia das demandas colocadas pela Geografia a ser ensinada na educação básica. Por sua vez, a análise dos projetos de curso demonstrou a similitude entre as instituições, no que diz respeito às propostas de curso e de disciplina de Cartografia, cujas ementas e referências eram bastante similares, mas não a coerência, dentro das próprias instituições, entre as propostas de formação de professores críticos e a abordagem dada à Cartografia. Com base nos dados coletados e em referenciais teóricos que discutem a necessidade de reestruturação dos conteúdos de Cartografia, aproximando-os da Geografia, foi desenvolvido, no ano de 2012, um experimento didático-formativo com quinze alunos do primeiro ano de um curso de Geografia de uma IES goiana. Tal experimento seguiu a estrutura da atividade de aprendizagem proposta por Davídov, com base na qual foram planejadas diferentes ações, operações e tarefas para os conceitos de cartografia, mapa, projeção, escala e simbólico, considerados necessários para a apropriação do essencial da Cartografia como linguagem da Geografia. Os resultados auferidos com a aplicação do experimento didático-formativo mostraram as possibilidades e as dificuldades efetivas de se desenvolver o pensamento teórico dos alunos, por meio da ascensão do abstrato ao concreto; da interatividade, entre alunos e com os recursos multimídias, principalmente animações e simulações, produzidos para o ensino de conteúdos considerados de difícil aprendizagem. Também permitiram discutir a necessidade de reformulação das disciplinas de Cartografia no ensino superior, em direção a uma melhor integração entre seus próprios conteúdos, e principalmente entre a Cartografia e as demandas da Geografia, tanto da universidade quanto da escola básica. |