Jóias novas de prata antiga: artifício e versatilidade na poesia de Rubén Darío

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Fiorussi, André
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-15092008-151224/
Resumo: Atenta a categorias poéticas em uso no fim do século XIX, esta dissertação de mestrado estuda algumas das escolhas efetuadas pelo poeta nicaragüense Rubén Darío (1867-1916) na busca de satisfazer e, ao mesmo tempo, alargar as exigências diversas de seus leitores contemporâneos. Identificam-se o artifício e a versatilidade como elementos fundamentais pelos quais o poeta obteve o apreço de seu público. O capítulo I expõe brevemente o estado atual da recepção à poesia de Darío para, então, investigar as origens do processo de constituição histórica de sua autoridade poética, ocupando-se sobretudo de algumas questões que nortearam a sua primeira recepção tanto na América como na Europa. No capítulo II, estudam-se duas categorias relevantes para uma compreensão histórica dessa poesia: elegância (preceito representativo adequado à inserção da poesia nas práticas cultas e ultracivilizadas do fim do século XIX) e harmonia (elemento de estilo que operava não só no nível fônico, na beleza sonora, como também na sintaxe, na metáfora, na métrica, na versificação, na escolha dos temas e assuntos etc.). No capítulo III, a análise de poemas selecionados procura demonstrar a pertinência do recorte proposto pela identificação de usos da elegância e da harmonia em três gêneros diversos praticados por Darío: o elogio, a epístola em verso e as \"visões\", relacionadas mais intimamente com a poética chamada simbolista. O capítulo IV aborda criticamente a noção de musicalidade, buscando ampliá-la para explicar uma série de procedimentos e técnicas pelas quais se poderão diferenciar com mais clareza as escolhas autorais e os elementos comuns às poéticas vigentes em seu tempo.